quarta-feira, 19 de agosto de 2009

cinema sem pipocas

A primeira vez que vi cinema com pipocas foi em Washington DC, em Novembro de 1975: vi o Nashville. Achei aquilo uma rasquice americana. Mas o filme era tão bom que compensou.

Como outras rasquices americanas, as pipocas acabaram por invadir os cinemas em Portugal. É repugnante o ruído do ruminar das pipocas, os cadáveres de pipocas colados na sola do sapato com coca cola da véspera e last but not least os comentários ordinários em voz alta. Deixei de ir ao cinema. Os filmes também não entusiasmam, todos com o mesmo tipo de script e com realizações siamesas. Enfim, rasquice americana.

Vou passar a comprar vídeos de filmes bons (para ficar com eles) e alugar menos bons (para ver e restituir).

Um apelo: alguém sabe de algum cinema sem pipocas?

6 comentários:

  1. Também eu já deixei de ir ao cinema. Além das pipocas e dos comentários (e do cheiro a sovaquinho), os cinemas deixaram de ter intervalos. Ora eu tenho uma necessidade absoluta de fazer um intervalo, para respirar ar, se necessário cá fora, e fumar um cigarrinho.

    Mais um apelo: aguém sabe de um cinema com intervalo?

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  2. Sem pipocas não, mas das ultimas vezes que fui aos Lusomundo, reparei que começaram a ter intervalos de novo.

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  3. Mesmo com todos os constrangimentos, desde as pipocas ao cheiro a "raposinha", uma sala de cinema tem outro encanto. A tela gigante, o mito do "escurinho"...peço desculpa mas sair de casa para ir ao cinema será sempre um ritual, uma experiência mágica em que as grandes imagens tornam mais intensos os sonhos, as emoções e o encanto das histórias.

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  4. "Telas gigantes" Onde?
    As "salas de cimena", hoje são "estúdios" de supermercado e as telas pouco maiores que as duma televisão grande. As cadeiras, muito apertadas, onde quase nos sentamos em cima uns dos outros, com os joelhos a bater nas costas do espectador da fila de baixo, e os do da fila de cima a bater nas nossas. Isto quando há lugares marcados.
    O "ritual" da ida ao cinema já era.
    Prefiro lembrar-me doutros "rituais". De que hoje já ninguém se lembra.

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  5. É esse ritual de sair de casa, é a companhia, é o tamanho do ecrã e a qualidade do som. É também a intimidade do "escurinho".
    Há filmes que só aí. Cenas como a abertura do 2001, com a música da abertura do Assim Falava Zaratustra, e as cenas finais naquela sequência alucinante e breath taking, só mesmo no cinema.
    Por isso, pergunto ao anónimo, não quem é, mas onde é esse cinema que ainda tem mágica.

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  6. Ainda vi o 2001 no Monumental. Aí sim, com uma tela gigante e um som fabuloso. Foi quando se estreou, para aí em 68 ou 69.
    Cinemas como o Monumental e o Império já não existem. Tudo agora é mais pequenino, mais fraquinho e mais pobrezinho.
    Salas com o encanto do Tivoli ou do S. Luís (com camarotes e tudo) também se foram.
    Até o S. Carlos, já é uma pepineira. Óperas legendadas, para quê? Ou se conhece a história, ou compra-se o programa.

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