Os eleitores votam em quem dá mais. Quem não prometer tudo, perde eleições.
Desde os anos 90, tive a perceção clara de que o eleitorado era insaciável e queria mais consumo sem limite. Foi por isto me afastei da política ativa, completamente descrente de um dos principais pilares da democracia representativa: a racionalidade do voto.
Daí em diante, fui assistindo inquieto à voragem do consumismo e do despesismo. O eleitorado continuou em votar em quem dava mais. Isso foi claríssimo na última eleição de Sócrates, que comprou o eleitorado com um aumento de 3% à Função Pública.
E eu continuava a perguntar quando é que esta lcoucura acabava numa crise catastrófica.
Pois bem. Acabou mesmo.
Às vacas gordas segue-se sempre as vacas magras.
Só espero que os 10 ou 15 anos de sobreconsumo não tenham de ser seguidos de igual tempo de parcimónia.
O Tratado de Lisboa começa a dar frutos
Há 14 anos