sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

de José antónio Barreiros

De José António Barreiros, pessoa em cujas palavras acredito, transcrevo, para que a História não esqueça, este texto:


Mário Soares: o perfume barato do contar...

Sabia que me iria irritar.

Que o livro “Um Político Assume-se” seria uma forma de se justificar perante a História, já que não perante a sua consciência.

Mesmo assim insisti em querer vê-lo.

Foi esta noite.

Fui directo à página onde, na obra que diz ser de memórias políticas, Mário Soares trata do que eu conheço de perto, por ter vivido na pele parte da trama: a história da sua ligação, enquanto Presidente da República, ao território de Macau.

Detive-me nas linhas que dedica ao caso Emaudio/TDM.

Poucas linhas, esclarecedoras linhas.
Diz que foi afinal uma campanha lançada «pela extrema direita» contra ele, para o envolver na história.

Mente, por contrariar a verdade.

A questão não tem a ver com políticos de qualquer quadrante que se tenham mobilizado contra si, mas com os factos que não se conseguem iludir.

Acrescenta que na origem da campanha esteve o Rui Mateus.

Mente por sobre-simplificar a verdade.

O papel de Rui Mateus é prévio na próxima ligação à sua pessoa, contemporâneo com todo o caso e posterior com maior intensidade no que se refere ao caso da Weidelplan/Aeroporto de Macau, mas o assunto transcende-o e em muito.

Para enxovalhar Rui Mateus, Soares diz que o conheceu empregado de um restaurante e que teve uma ambição tal que quis ser ministro dos Negócios Estrangeiros do seu Governo.

Mente por omissão da verdade.

A ligação entre os dois é muitíssimo mais vasta, próxima e, é só ler o livro que aquele escreveu, para concluir que em matéria de "comedorias" o conhecimento não se limitou a restaurantes.
Remata, enfim, dizendo que envolveram no assunto o então Governador de Macau, Carlos Montez Melancia, que seria absolvido judicialmente.

Mente por adulteração da verdade.

A história do processo judicial ainda está para ser contada, como a história dos processos judiciais que nunca existiram em torno do caso.

E como é que a absolvição do Governador neste processo deu em condenação em outro, o "caso do fax".
No momento em que escrevo estas linhas hesito se contarei ou não toda a história desse aproveitamento político, económico e pessoal da televisão de Macau que o livro tenta branquear.
Confesso que o descaramento do livro me incendeia um sentido de revolta pessoal.

Que a "reconstrução" da História  me repugna como cidadão, como o faz tanta historiografia oficial arregimentada que tem andado a ser escrita em relação ao que nem regime político chegou sequer a ser e hoje está em estilhaços, o estado cadaveroso do País.
Sei que se o fizer, contando o que sei, serei sujeito aos efeitos da difamação e do enxovalho, porque ele e este estilo de obra são o rosto de um modo de ser que define a actual Situação, o verso dos que a criaram, o anverso dos que a consentiram.

Talvez haja um direito à tranquilidade, minha e dos meus, que eu deveria saber preservar.
Por outro lado estou perante uma figura pública idolatrada a quem tantos perdoaram tudo, à direita e à esquerda, com quem tantos se arranjaram para tanto.

Ficarei isolado e à mercê.
Talvez haja, enfim, o respeito devido à idade, se não houvesse o respeito devido à Nação de todos nós.

Apodar-me-ão de desapiedado, logo quanto a um livro em que o seu autor se fez cercar, no lançamento, da imagem inocente dos seus netos.

Vou tentar tranquilizar o espírito e logo verei.

Até passar o hálito da sordidez do caso e do perfume barato com que agora o vejo contado.



José António Barreiros,15.12.2011

domingo, 18 de dezembro de 2011

«mão invisível» só conheço a do carteirista

Commonsense recorda um anedota «seca». Alguém diz "chuva em Novembro, Natal em Dezembro"; o interlocutor objecta "e se não chover em Novembro?"; resposta: "Sol em Novembro, Natal em Dezembro".
É assim com os ratings. Haja o que houver, a consequência é sempre a mesma: baixa o rating. Antes baixava porque havia desequilíbrios orçamentais e não havia coragem política para políticas de austeridade. Houve políticas de austeridade e o rating baixou novamente, porque essas políticas eram restritivas e arrefeciam a economia. E assim sucessivamente e alternadamente. Haja o que houver o rating baixa sempre.
Como não houve mutualização das dívidas soberanas em Euros nem €urobonds, o rating baixou. E se houvesse? Também baixava, porque aumentava a exposição das economias centrais da €urozona e do BCE.
O rating baixa sempre e sempre numa área crescente.
Porquê?
Porque quando o rating baixa, sobe o preço do dinheiro, dos CDSs, os juros, os Yields.
Porque quando o rating baixa "os mercados" ganham mais dinheiro.
E porque, ao contrário da ingenuidade dos Chicago Boys, a rationalidade do mercado não é está em regular a economia, mas em ganhar dinheiro, quanto mais e mais depressa melhor.
«Mão invisível» só conheço uma: a do carteirista.

domingo, 27 de novembro de 2011

o €uro europeu e os €uros nacionais

Quando foi criado o €uro, todo o mercado assumiu que seria um moeda única, comum a vários países europeus, os mais ricos e economicamente poderosos, e que não teria risco de câmbio nem de solvência. No início, os mercados não tiveram grande confiança e o €uro caiu até 0,85 do Dólar. Este câmbio baixo melhorou a competitividade das exportações europeias e houve grande prosperidade económica. Foi o tempo em que o Airbus se lançou e derrotou o Boeing. Mais tarde, o €uro subiu, egualizou o Dólar, ultrapassou-o e aproximou-se da cotação de 1,45/1,50. Não foi bom para a exportações, mas também não foi mau, porque tornou mais baratas as importações de matérias primas, principalmente energia (petróleo). Tudo seria bom se se tivesse mantido assim.

Depois foi a crise monetária na Hungria. Pensava-se que, sendo um estado Membro da poderosa União Europeia, a Hungria estaria a salvo de ataques especulativos do mercado. Surpreendentemente não foi isso que sucedeu. A Hungria não foi monetariamente apoiada e teve de desvalorizar. Afinal, notaram os mercados, a União Europeia era menos unida do que se pensava e tinha vulnerabilidades. Afastados os grandes líderes, vieram os pequenos políticos que nos órgãos da UE representavam os interesse nacionais em vez de prosseguirem os interesse europeus. Pior ainda, veio a ética luterana de, em vez de criticar atuações governamentais específicas,passou a anatemizar povos inteiros como não virtuosos, gastadores, pouco trabalhadores, menos eficientes, enfim... Untermench! Era preciso deixá-los sofrer como castigo dos seus pecados financeiros para que aprendessem e se corrigissem. Os povos virtuosos não deveriam sofrer pelos não virtuosos e devia adotar uma postura severa.

Tinha acabado a solidariedade europeia. A Europa comunitária deslizou progressivamente do modelo federal sonhado pelo fundadores para um confederação de Estados independentes, ao modelo da EFTA, como a Inglaterra queria. Só que o egoísmo e a falta de solidariedade entre ao Estados Membros da União Europeia, criavam graves vulnerabilidades a ataques especulativos dos mercados financeiros. Disperso o rebanho, era fácil à alcateia e ir atacando os mais fracos que o egoísmo dos outros ia deixando para trás, indefesos.

Foi o que aconteceu. Primeiro a Grécia, depois a Irlanda, depois Portugal... e agora a Espanha, a Itália, a Bélgica. Um por um todos serão atacados e comidos. No final ficará a Alemanha, a liderar um Eurogrupo composto já só por ela, sem dimensão nem massa crítica para se defender. A récua dos burros terá sido devorada pela alcateia dos lobos.

Quando se recusou a mutualização das dívidas soberanas, partiu-se o €uro europeu em 17 €uros macionais. Isso aconteceu quando se permitiu que houvesse €uros mais fracos e €uros mais fortes, com taxas de emissão, e yieds diferentes. O €uros grego era pior que o €uro português, que era pior que o €uros irlandês e assim sucessivamente. Com isto o €uro alemão tornou-se o melhor de todos e a Alemanha beneficiou de taxas de juros baixíssimas, o que lhe permitiu maior prosperidade e induziu um sistema auto sustentado de diferenciação entre os países ricos e virtuosos da UE – os nórdicos – e os países “profiglate”, pobres e réprobos do sul, os PIGS.

Hoje a S&P anunciou o downgrading da Bélgica, o primeiro país de norte a ser atacado pela alcateia.

A Comissão Europeia defendeu publicamente a introdução dos Eurobonds, mutualizados na responsabilidade de todos os 17 Estados Membros que têm em circulação do €uro (Eurogrupo). Fê-lo na sequência de uma insistente reclamação de muita gente que entende, com razão que a União Europeia, ou avança e se federaliza, ou recua e colapsa.

Não há nada de extraordinário na emissão dos Eurobonds. A dívidas soberanas europeias sempre deveriam ter sido isso mesmo, dívidas da Europa e não de cada país. Tal exige, naturalmente, que não haja Estados Membros que cometam os erros financeiros que a Grécia, Portugal, a Irlanda e outro cometeram. É necessária a harmonização das políticas orçamentais e financeiras. Foi para isso, entre outras coisas, que a União Europeia foi criada.

A Alemanha já veio dizer que não quer. Porquê? Porque, segundo diz, isso aliviará a pressão sobre os Estados Membros sob assistência e eles deixarão de seguir o caminho das reformas necessárias. Quer dizer: deixarão de ser punidos e corrigidos. Além disto, toda a gente sabe que a Alemanha não quer a mutualização da dívida soberana Europeia nos Eurobonds porque isso induzirá a unidade das taxas de juro num nível abaixo do que os Estados Membros pobres estão a pagar e mais altos do que os estados ricos conseguem obter. A Alemanha recusa a solidariedade.

É preciso ver de ambos os lados e admitir que a mutualização através da emissão de Eurobonds, se não for acompanhada pelo equilíbrio orçamental e financeiro de todos, vai vulnerabilizar o próprio próprio €uro no seu todo, o euro-€uro, e pôr em risco todo o edifício da União Europeia. É verdade.

Sucede, porém, que a persistente divisão monetária dos 17 €uros nacionais, também destrói o €uro europeu e que os mercados já deram por isso e estão simplesmente a vender tudo o que são ativos financeiros expressos em €uros. Está já a ver-se nos mercados o fenómenos de fuga perante o €uro. Antes que se forme um consenso, que se tome uma decisão, que Merkel e Sarko pecam as eleições nos seus países, tempo demais passará e o €uro, perante a pressão de venda, irá baixar substancialmente o seu valor cambial no mercado. Aproximar-se-á do Dólar ou baixará mesmo em relação e ele. Talvez regresse ao câmbio antigo de 0,85.

Entretanto terão de ser feitas as reformas necessárias. Mas quais reformas? Aquelas que conduzirem à harmonização das políticas orçamentais e financeiras no espaço económico europeu. No Eurogrupo a reforma tem e ser mais profunda, tem de implicar o controlo direto dos orçamentos e das gestão orçamentais dos países do €uro.

Será o passo em frente a caminho da unidade económica-monetária-financeira, ou o colapso.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

autogreve

 Commonsense não concorda com esta greve.
 Sim, com certeza, a greve é um direito.
 Claro que não é politicamente correto dizer-se que esta greve não é patriota, porque esse argumento já foi, e continua a ser, demasiadamente abusado por todas as ditaduras.
 Mas é uma autogreve: uma greve feita pelos portugueses contra quem? Contra si próprios. Quem é que sofre com esta greve? Os portugueses!
 Que estupidez!

sábado, 22 de outubro de 2011

Shadenfreude

Cavaco não explicou como é que se consegue atingir o objetivo acordado com a troica para o défice do anos fiscal de 2011, sem tocar no 13º mês e no subsídio de férias da Função Pública. Cavaco tinha vindo a público discordar abertamente da Proposta de Orçamento Geral do Estado nessa matéria.
Commonsense interrogou-se e, no seu íntimo, teve uma esperança: Cavaco saberia o que estava dizer? Tinha de saber. Ele é Presicente da República, foi Primeiro Ministro, foi Ministro das Finanças, Professor de Finanças Públicas, técnico do Banco de Portugal.
Commonsense não podia a acreditar que Cavaco não soubesse o que dizia. E continua a não acreditar.

O que foi então que moveu Cavaco a tomar aquela atitude?
Os alemães chamam-lhe «Shadenfreude», alegria com a desgraça alheia.
Cavaco - e a sua gueixa Manuela - não consegue suportar que alguém tenha êxito onde ele não teve. Deu a sua facadinha, deitou pingo de veneno, pôs-se de fora, tirou o cavalo da chuva.
No fundo, Cavaco gostaria que Passo Coelho falhasse. Só que se Passos Coelho falhar, falhamos todos nós. E será o colapso do País, a ruptura social, o caos.
Com esta atitude, a primeira pessoa a falhar foi o próprio Cavaco.
Commonsense deixou de acreditar que Cavaco, quando fala, saiba o que diz.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

escavacanços

Commonsense, pobre jurista, acreditou no que o Ministro das Finanças e também os economistas da sua confiança têm dito: que é preciso primeiro sanear as finanças, pelo menos cumprir a primeira meta do acordo com a Troica, e que só depois poderá obter-se o crédito necessário ao relançamento da economia. O próprio Cavaco o disse na sessão na Ordem dos Economistas e consta no site da Presidência da República.

Depois o mesmo Cavaco, contrariando o que tinha dito 10 minutos antes, veio dizer que não se pode tirar o povo os subsídios de férias e de Natal e que é preciso começar já políticas de expansão.

Commonsense ficou preplexo.

Depois de ter dito um coisa 10 minutos antes, Cavaco veio, 10 minutos depois, a descobrir que havia uma maneira de fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Travar o défice até aos limites do acordo com os credores e lançar um política expansionista. É fantástico!

Commonsense pede encarecidamente ao Presidente da República que lhe diga como é que isso se consegue. Tem mesmo o dever de o dizer aos Governo e a todos os Portugueses. Commonsense fica à espera.

No estado em que se encontra, o País não aguente ser escavacado!

domingo, 16 de outubro de 2011

12 mil milhões de euros

Faz parte da política de recapitalização da banca europeia uma verba de 12 mil milhões de euros para recapitalizar a banca portuguesa.
Os banqueiros portugueses não querem. Em vez da recapitalização, querem que os 12 mil milhões vão para o Estado e este (e as empresas públicas, municipais, etc.) pague à Banca o que lhe deve. Assim, não perderiam o controlo dos seus Bancos. Com a recapitalização perderão obviamente o controlo dos seus atuais Bancos.
Mas, por um lado, o Estado não tem poder sobre esta política, que é europeia e não do Governo Português; e, por outro, é crucialmente importante quem entre as reformas a efectuar na estrutura económica portuguesa se inclua a substituição da classe dos banqueiros e gestores bancários que são em parte grandes responsáveis pelo descalabro financeiro emergente da concessão excessiva e incacreditavelmente incompetente de crédito aos consumidores.
Não é possíve restruturar a economia portuguesa e continuar com a mesma Banca e os mesmos banqueiros.

finalmente há coragem

Portugal faliu. E faliu com estrondo. Teve de pedir a intervenção a UE e do FMI. Foi ainda o Governo do Partido Socialista que pediu a intervenção, que negociou a intervenção e que vinculou Portugal a cumprir o programa. Já depois de convencionado o programa com a Troica, surgiram novos agravamentos brutais do défice. Défice oculto? défice ocultado? défice ignorado? não sei. sei sim que défice inesperado que obrigou a providência ainda mais duras de equilíbrio das contas públicas.
Perante estas novas providências, o Partido Socialistas tenta externalizar-se e criticar. Diz então que são recessivas e que há falta de políticas de relançamento da economia. Hipocrisia clara. O Partido Socialista sabe, como qualquer economista duas coisas:
  • que esta política é ditada pelos credores e não propriamente por nós próprios;
  • que esta política tem efeito inicialmente recessivos que só numa segunda fase podem ser expansionistas.
É importante recordar que assim é porque parece começar a esquecer.
Só que for ingénuo ou politicamente alinhado com o Partido Socialista adotar o discurso do Partido Socialista.

Sobretudo importa não esquecer, que este orçamento é deste Governo, mas este défice é do Governo Socialista.

O Partido Socialista faz o mal e a caramunha: critica aquilo que ele próprio provocou.

A recessão não vem de 4 meses deste Govrno; vem de 5 anos do anterior.

Finalmente há coragem para governar a economia portuguesa e desinfetar o abcesso socialista.

sábado, 1 de outubro de 2011

Constâncio e a supervizinha

O pior Governador que o Banco de Portugal alguma vez teve de sofrer.
Também o mais bem pago.
Com 'temor reverencial' pelos banqueiros, no seu mandato nunca foi exercida uma eficiente supervisão prudencial sobre os Bancos. Agora estão em estado catatónico.
Não foi só o BPP e o BPN... foram todos. Será Que ele nunca reparou no racio depósitos / crédito concedido? será que nunca reparou no rolamento do crédito mal parado? será que nunca reparou no crédito concedido aos acionistas? será que nunca reparou na descapitalização?
Sob a presidência de Constâncio, a supervisão melhor se podia chamar «supervizinha».

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

baixa natalidade e falta de inteligência

Toda a gente se queixa da baixa natalidade. Mas erram quando raciocinam em geral.
Em primeiro lugar, não deve ser misturada a classe rica que não tem mais filhos por egoísmo, porque a impede de se divertir e de gozar a vida na juventude, e a classe média e pobre que vive num sistema social-laboral que lhes é hostil e não os permite.
Qualquer político/economista/tecnocrata que fosse inteligente (o que é increasingly rare) compreenderia que é muito mais barato subsidiar a natalidade que ter a segurança social desequilibrada. É tão claro...
Se Commonsense mandasse não eram as construtoras nem o Bancos a ser subsidiados: eram a mães.
A falta de natalidade é sobretudo um produto da falta de inteligência.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

o motim

De repente... começaram todos a protestar. Todos os que representam os interesses instalados. São o CDS, do PSD, do PS... compõem o BLOCO CENTRAL DOS INTERESSES.
Não lhe vou pôr aqui os nomes... vieram todos na comunicação social.
Dizem que há impostos a mais, criticam a política fiscal do governo e até há uma antiga Ministra das Finanças, émula do PR, que se desmancha na crítica.
E pergunto eu se é possível ter um política diferente? Não é, porque o país faliu.
E quem é que levou o país à falência? Foi um governo socialista que apoiava interesses económios que têm ramificações (metástases?) nos outros partidos.
Os interesses económicos deram a ordem e os seu políticos de serviço responderam.
Aqui está: o motim dos interesses económicos e dos seu fiéis amigos que levaram Portugal à falência.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

atlantismo

Atlantismo - é um doutrina política que pugna pelo domínio norte americano sobre o chamado ocidente assumindo a Améca do Norte como a antiga Roma (poderosa, rica e eficiente) e a Europa como a antiga Grécia, culta, bela, civilizada, dividida e fraca.
O altantismo contraria o aprofundamento da União Europeia, a federalização e o Euro. Rejubila com a crise financeira europeia (como se não houvesse um pior na américa do norte) e profetiza o colapso do Euro. Defende a saída de Portugal do Euro e, quiçá, da própria UE.
De acordo com o atlantismo a defesa o ocidente deve ser confiada às forças armadas americans, assessoradas em tarefas menores pela europeias, mas sob liderança americana, no quadro da NATO. A divisa munidal única deve ser o US$.
O atlantismo resulta na colonização da Europa e dos europeus pelos USA.
Commonsense não é atlantista

sábado, 3 de setembro de 2011

nonsensical

Que Seguro critique o aumento dos impostos e se queixe de atingirem a classe média, é oportunismo política e desfaçatez, mas pode dar resultado perante jornalistas e outros imbecis que já tenham esquecido que foi o PS que levou Portugal à falência e ainda não tenham compreendido que esta é simplesmente a consequência da falência nacional.
Que Soares faça o mesmo, não é de surpreender: ele é tão PS, ou mais ainda, do que o Seguro.
Que Vasco Graça Moura o macaqueie, ainda se compreende: é um literato com pouco contacto com a realidade.
Que Marques Mendes também o faça, abstenho-me de qualificar porque sou amigo dele.
Que na Universidade de Verão do PSD os laranjinhas gritem «Soares é fixe» quando Soares fez aquela crítica, leva-me a concuir que o PSD já não é o Partido Político que eu ajudei a fundar, e passou a ser uma espécie de clube de futebol com claques e que serve de veículo ascensional a quem não consegue subir na vida por qualidades próprias.
É sobretudo NONSENSICAL que o PSD critique aquilo que ele próprio está a fazer e seja oposição a sim mesmo.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

NIMBY - not in my backyard

Desculpem lá, mas eu acho que não há cortes, há mesmo faltas. Só se corta o que existe e o que se passa é que já não existe. Acabou. Gastaram-no todo: o que havia e o que não havia.
As discussões sobre o que se deve, ou não deve, cortar e onde cortar, se cortar, faz-me lembrar os últimos dias da guerra, quando Hitler mandou que os seus generais lançassem várias divisões contra os russos às portas de Berlim. Já não existia nenhuma.
Mas ainda há quem não tenham percebido que Portugal faliu mesmo.
Todos aceitam que os cortes são inevitáveis, mas não na sua casinha.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

desfaçatez (2) o pobre diado

É duma desfaçatez inacreditável um dos milionários oficiais deste país aparecer na televisão a dizer que não é rico, quando se fala de tributar os mais ricos para ajudar Portugal a sair da crise.

os dados biométricos e a criadagem de serviço

Há muito tempo que o governo americano queria ter acesso aos dados biométricos dos europeus. E fazia pressão diplomática, dizendo que eram necessários para o combate ao terrorismo. Já mesmo tinha exigido que fossem facultados como condição para a obtenção de visto de entrada.

O combate ao terrorismo, como é bem sabido dentro e fora dos USA, é um argumento universal que serve para tudo, desde a tortura, à captura e aprisionamento de pessoas em Guantanamo, à intercepção de comunicações, sabe-se lá mais o quê. Mas até agora tinha havido resistência à entrega dos dados biométricos.

E catrapáz! Um ministro dos negócios estrangeiros pró-americano e maricas cedeu. Tinha de ceder. A sua concepção é a dum «Ocidente» liderado pelos norte-americanos, onde os europeus são servos.

Estive uma vez no Portuguese Desk do State Department, em 1975, onde me foi dito com naturalidade que os USA são o Império Romano e a Europa a velha Grécia: bonita, culta civilizada, dividida, fraca e servil. Foi-me então proposto que trabalhasse para elles, o que recusei, naturalmente.

O Parlamento Português acabou por adoptar esta concepção Imperial do USA em que a Europa é servil. Direi eu que servis são eles, aqueles deputados que votaram o acesso norte americano aos dados biométricos dos portugueses. O ministro é, como toda a gente sabe, aquilo que é. Um nojo!

domingo, 14 de agosto de 2011

o ruído

É um conceito provinciano de qualidade turística aquele que induz todas as esplanadas, cafés, bares, etc., ao ar livre ou não, em Portugal, a serem incapazes de silêncio. Há sempre um ruído de fundo de música pesada, memória da discoteca da noite anterior dos meninos ou meninas ensonados que ali estão a atender os clientes. É desagradável. ... bum, bum, bum...
Durante algum tempo pensei que era uma estratégia que visava impedir que os clientes se atardassem em frente duma bica vazia, empurrando-os dali para fora para libertarem a mesa.
Mas não.
Acho que vem duma reminescência cultural atávica das romarias, no átrio da Igreja ou no recinto da feira, com fungágá aos gritos.
Não há nada a fazer. Num país que tem revista em vez de ter ópera, tinha de ser assim.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

desfaçatez

Fascina-me da desfaçatez com que os socialistas atacam políticamente o Governo pelas providências que teve de tomar por causa da catástrofe económico-financeira causada pela (des)governação socialista.

Todas estas medidas impopulares, desde o aumento dos transportes até ao imposto especial são puramente consequência do que os socialistas fizeram.

Quem foi que arruinou o país?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

anti-seleção

 Chama-se anti-seleção uma prática perversa que se traduz em eleger a pior de todas as escolhas possíveis.
 Assim tem acontecido notoriamente nalgumas organizações de representação de interesses corporativos como, por exemplo, a Ordem dos Advogados ou a Associação Portuguesa de Bancos ou a Associação Portuguesa de Seguradores. Nestes casos, havia gente muito mais representativa e com melhor qualidade para presidir àqueles organismos, mas foram escolhidas as soluções correspondentes ao menor denominador comum. Os interesses representados preferiram uma solução fraca.
 Também na Comissão Europeia, Barroso é representativo duma prática de anti-seleção.
 Em Portugal (e noutros sítios) a anti-seleção constitui a resposta incompetente ao receio de que o representante assuma efectivamente a representação dos interesses que lhe são confiados e tome iniciativas sem pedir licença, caso a caso, a quem o nomeou. São assim designados aqueles que devem e ficam a dever favores, que mais ninguem quer noutro lugar, que falharam e são assim emprateleirados, que têm espírito serviçal, que não têm espinha dorsal... e às vezes, mesmo, muito pior.
 Portugal tem sofrido na carne e vai possivelmente continuar a sofrer as consequências nocivas da anti-seleção. Com os piores a serem sistematicamente escolhidos para a liderança de muitas instituições, não há país de funcione decentemente.
 Commonsense dixit.

domingo, 17 de julho de 2011

first they took Athens, then they'll take Berlin...

As agência de rating eram deviam ser partnerships em vez de serem corporations. Deviam ter sócios individuais, especialistas em análise de riscos de investimento, que se respnsabilizariam, na credibilidade e no património pessoais, pelas análises que faziam.

Mas não. São corporations com sócios que são os investidores do mercado financeiro. Isto acarreta um conflito de interesses, que elas resolvem a favor dos seus accionistas. Os seus acionistas estão naturalmente interessados nas altas taxas de juros que as as baixas de ratinga trazem consigo. Dai que, em vésperas de ida aos mercados por parte de países financeiramente débeis, elas lhes baixem os ratings. Elementar: é o shareholder's value.

Só que, a continuar este negócio, ninguém vai escapar. De bail out em bail out os outros países ir-se-ão individando para satisfazer a insaciável exigência das agências de rating. E, um dia, lá estará a Alemanha com o rating a ser downgraded.

First they took Athens, then they'll take Berlin. 

sábado, 9 de julho de 2011

moody's blues

In the eyes of a child, we can see that the world... assistiu à maior desautorização que alguma agência de rating alguma vez sofreu.
Foi o BCE, foi o FMI, foi a EU, foram os jornais por todo o lado, menos o Financial Times (deve ter participação da Moody's no capital). Foi a Sr. Merkel, a Sra. Lagarde, o Sr. Trichet... e até o Sr. Cavaco (tarde). Perdeu os contratos que tinha em Portugal. A bolsa de Lisboa aguentou as cotações o que significa que perdeu a credibilidade no mercado.

domingo, 3 de julho de 2011

acts of God?!

Os colapsos financeiros da Islândia, Grécia, Irlanda e Portugal não teriam sido possíveis sem comportamentos negligentes, incompetetentes e indecentes por parte dos respectivos ministros das finanças, bancos centrais e banqueiros locais.
Há responsáveis. Os responsáveis têm de ser responsabilizados.
O que aconteceu não foram «acts of God».
Não é eticamente possível olhar para o lado como se de uma catástrofe natural se tivesse tratado.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Strauss-Kahn again...

Agora que já foi substituído na presidência do FMI, Strauss-Kahn foi liberto e foi-lhe devolvida a caução prestada.
 Afinal, a dita senhora recebeu quantias cuja origem não explica, está ligada a drogas e, parece, outras coisas. Terá também entrado em contradições e houve conversas telefónicas escutadas e gravadas que, em conjunto com o que antecede, levaram a própria acusação a descrer da sua versão.
 Posto isto, fica a dúvida sobre quem terá construído esta manipulação. Há dois candidatos: os serviços secretos americanos e os servições secretos franceses. Podem ter sido ambos em conjunto, mas podem também ter havido outros interessados em afastar um Strauss-Kahn e a sua política mais favorável aos devedores e menos aos credores (Bancos e Fundos), como tinha expresso numa conferência recente em Georgetown. Há muito espaço, agora, para a teoria da conspiração.
Ao apressar-se a apoiar a candidatura de Lagarde, os americanos deixaram Sarkozy sozinho como suspeito. A opinião pública francesa já tinha maioritariamente adoptado esta tese.
É agora Sarkozy que tem de se explicar. Já agora pode aproveitar para explicar se teve algum papel também no processo contra Villepin (cesteiro que faz um cesto faz um cento).

sábado, 25 de junho de 2011

um miguelista

Há uns dias, apareceu na televisão o economista João Ferreira do Amaral a defender a saída de Portugal do Euro. Já o fez outras vezes.
Nonsense.
Se Portugal saísse do Euro, ficaria com a sua monumental dívida em Euros e a parca receita de exportação em Escudos. Haveria uma desvalorização do Escudo de sabe-se-lá quanto, 50%, 75%... com certeza mais, para dar competitividade às exportações e reduzir os salários reais. A inflação seguir-se-ia imediatamente. A espiral desvalorização-inflação levaria à miséria dos mais pobres, os velhos, os pensionistas. Para recuperar o salário real, os sindicatos decretariam greves umas atrás das outras.
Daqui resultaria uma ruptura social e todos chamariam por um homem providencial e um regime autoritário sem políticos nem partidos: a ditadura. se ganhasse a esquerda seria o estalinismo; se ganhasse a direita, seria o fascismo.
Em qualquer dos casos, o poder caberia a um homem só legitimado não democraticamente.
Ah... isso mesmo.
Uma ideia destas só poderia vir da cabeça dum miguelista.

sábado, 18 de junho de 2011

the last chance?

 Os muitos portugueses que se abstiveram não foram tantos como os número oficiais exprimiram porque os cadernos eleitorais estão notoriamente desactualizados, com muitas inscrições a mais. Mas foram muitos milhares. Dezenas, talvez centenas de milhar. Foram demais.
 Desses abstencionaistas, alguns, poucos, foram acidentais: não votaram porque estavam fora, porque estavam doentes ou porque circunstancialmente não puderam. A maior parte dos abstencionistas tomaram uma atitude intencional e ostensiva de repudio, de repugnância e até de nojo pelo processo eleitoral. Vociferaram abertamente contra os políticos e os partidos que «são todos iguais», desonestos, mentirosos, e outro epítetos que não repito aqui. Preocupantemente igual à doutrina anti-democrática oficial do Salazarismo, da qual me lembro bem.
 Além de não votarem e de, assim, recusarem o processo formal da democracia representativa, anseiam por um chefe forte e autoritário, competente e sério, que não seja «político» e que, com mão de ferro, «nos tire desta vida».
 E mostram tendência para particiar em eventos de massas organizados nas ruas, maratonas, marchas, pique-niques, muito semelhantes aos que eram promovidos pela FNAT e pelo SNI.
 Existe, existe mesmo algum perigo de regresso a uma qualquer forma autoritária e anti-democrática de governo. Muitos factores facilitadores estão presentes, até o controlo dos meios de comunicação social pelos grandes interesses económicos.
 Há anos que Commonsense vem reparando nisto com desagrado. Mas sem grande inquietação, porque a integração de Portugal na União Europeia impede um tal acidente político e social.
 A actual crise europeia, decorrente da crise financeira e da mmediocridade das lideranças e das instituções comunitárias, suscita porém a preocupação. Uma rotura financeira grave, pode acarretar o colapso do Euro, o que provocará, em dominó, o desmantelemanto da UE. Pode mesmo suceder, e já se ouvem vozes nesse sentido, a saída de Portugal do Euro. A catástrofe económica recultante da saída do Euro seria tal que induziria a uma qualquer solução de governo de salvação nacional, autoritário e não democrático.
 O tempo e as pessoas começam a estar maduros.
 Por isso, é crucial que este Governo não falhe. Tenha êxito na economia e nas finanças, mas tenha êxito também na reconstrução da boa reputação da democracia. Está na mão dele.
 Pode ser a última oportunidade.

sábado, 11 de junho de 2011

vida nova

 Está um dia lindo neste fim de semana comprido. Apetece-me ir para o mar, mas estou em casa a trabalhar numa arguição de doutoramento na minha Universidade. É trabalho sério, absorvente, cansativo.
 E dou por mim a pensar que é preciso trabalhar mais e melhor.
 Não vou comentar o resultado das eleições. Qualquer pessoa minimamente inteligente o antecipou.  Era evidente. O povo fez zapping e mudou de canal. E agora?
 Se alguma coisa há de bom na situação presente é o baixo nível geral de expectativas e a consciência da invitabilidade de sacrifícios. Toda a gente está preparada para aceitar, melhor ou pior, uma baixa de nível de vida e de consumo.
 Problema mesmo são as pessoas que já estão no limite (quando não o ultrapassaram mesmo) e não estão em condições objetivas de suportar o que aí vem. Há demasiadas famílias insolventes e há demasiadas empresas insolventes, hoje já e no futuro próximo.
 Vai haver angústia e desespero. Vai haver turbulência na sociedade.
 Há também toda uma geração que se habituou perigosamente à prosperidade e à facilidade, e que vai sofrer amargamente.
 Mas vai haver também a oportunidade de mudar de vida, pessal e colectivamente. Portugal vai mudar e vai mudar para melhor. Depois de um tempo de vacas magras virão as vacas gordas.
 Commonsense espera bem que Portugal não perca esta oportunidade para se modernizar, para deixar os paradigmas saloios que o têm guiado, e para se passar a assemelhar a algo de parecido com a   Holanda ou a Dinamarca.
 Se assim for, terá valido a pena.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

esta terra não é para gente séria

Discutindo as eleições, disse-me um amigo que o mal de Passos Coelho é a sinceridade e a seriedade. Não se pode ser assim em eleições. É preciso ser como o Sócrates, mentiroso e falso. Acrescentou, condescendente: Passos Coelho é um bom rapaz!
 A discussão acabou porque eu não respondi. Não há como o silêncio para terminar uma discussão.
 Mas ele insistiu e eu confessei. Realmente, eu não sou desta terra. Não gosto da Palestina do Ocidente, da Faixa de Gaza da Península Ibérica. Esta terra não é para gente séria. E repeti: eu não sou desta terra.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

John le Carré

Esta história do Dominique Strauss-Kahn é digna dum livro do John le Carré.
 Notem bem que foi o que aconteceu com Julian Assange, Dominique de Villepin, Giscard d'Estaing, Helmut Kohl, Jacques Chirac.
 Todos os líderes europeus que não são capachos do norte-americanos são arrumados da mesma maneira: com processo judiciais montados e uma comunicação social imbecil. 

Mickey Mouse justice

Os americanos costumam chamar á justiça praticada no terceiro mundo "Mickey Mouse justice".
 A expressão é depreciativa e aplica-se aos tribunais que são parciais, injustos e onde não vigoram as regras mais básicas de justiça dos povos civilizados, principalmente a presunção de inocência.
 Depois do que se passou com Dominique Strauss-Kahn, Commonsense acusa urbi et orbi os tribunais norte-americanos de serem uma Mickey Mouse justice.

domingo, 15 de maio de 2011

a CIA no seu melhor - o Caso Strauss-Kahn

 Quando já estava embarcado no avião da Air France, no aeroporto, pronto para descolar, Dominique Strauss-Kahn, presidente do FMI, foi preso pela polícia de Nova Iorque, que para isso impediu a descolagem do avião.
 Foi acusado de violência sexual sobre uma empregada do hotel onde tinha estado. A prisão foi feita com fundamento UNICA E EXCLUSIVAMENTE nas decarações da dita cuja, que não foram corroboradas por mais ninguém nem suportadas por quaisquer outros indícios. Ela disse, simplesmente, e eles prenderam o Presidente do FMI (que, por acaso até é Francês).
 É bom que se saiba que a justiça americana não prende pessoas só porque alguém diz que as agrediram ou tentaram violar. Não chega em nenhum país civilizado e nos EUA também não.
 Porquê então esta cena?
 Note-se que é o mesmo truque que já foi aplicado com êxito no caso de Julian Assange, o homem da Wikileaks. Só que, no caso Assange, eram duas taradas; no de Dominique Straus-Kahn foi só uma.
 Esta técnica da CIA para atacar os seus targets não pode passar sem denúncia e estigma.
 O Vice-Presidente (norte-americano) do FMI tinha-se demitido. Por isso, era preciso abater o Presidente (europeu).
 Quando Obama foi eleito, a generalidade dos Europeus (eu incluído) acharam que iria haver um «President of the United States» amigo da Europa. Houve quem duvidasse, mas ninguém ligou. Afinal os cépticos tinham razão: Obama ainda é mais hostil à europa do que o seu antecessor. Bush queria que a Europa fosse uma colónia militar do EUA; Obama desencadeou uma guerra económica contra a União Europeia e o Euro. Portugal está a ser profundamente atingido nesta guerra económica desencadeada por Obama.
 O Caso Strauss-Kahn é muito grave.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

o discurso de almada

Por HelenaFMatos no Blasfémias
No Verão de 1975 Vasco Gonçalves fez um discurso em Almada que não foi mais alucinado do que outros que proferira anteriormente. Mas de repente a televisão mostrava impiedosamente aquele homem esgargalado, quase descomposto, bramindo contra a reacção, os fascistas, os aliados dos fascistas, os cúmplices dos fascistas enquanto o país estav no caos. Muitos daqueles que tinham começado por apoiar o companheiro Vasco e que depois se tinham ido calando perante as sucessivas golpadas do PCP perceberam que não dava mais. Não quer isto dizer que não continuassem a simpatizar com aquele universo do progressismo mas perante a insanidade de tudo aquilo intuiram que assim não podia ser.
O discurso de José Sócrates desta semana é o seu discurso de Almada. Sócrates pode fazer bem campanha, recorrer aos truques do costume mas só entre avençados arranjará uma alma que consiga ver isto e não ter vergonha. Ou piedade.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

o verdadeiro finlandês

Diz por aí a imprensa (não é que eu acredite muito) que o comissário finlandês da Comissão Europeia diz a quem o quer ouvir que o apoio a Portugal tem de ser votado por unanimidade de todos os 27 membros da UE e que a Finlância poderá vetar.
 É estranho, desde logo, porque o estatuto dos membros da comissão não lhes permite representar ali os seus países, nem promover os seus interesses. Por outro lado, porque a União Europeia é um projecto de solidariedade e não uma agremiação de interesses nacionais e financeiros.
 Mas, se vier a acontecer que a Finlândia vete o apoio a Portugal, nem por isso Portugal deixa de o poder (e dever) obter do FMI, do qual é membro de pleno direito.
 Haverá naturalmente uma pesada redução do consumo, em produtos de toda a espécie. Em produtos finlandeses, essa quebra do consumo andará, penso eu, próxima dos 100%.
 Já que os 'verdadeiros finlandeses' sobrepõem o egoísmo do dinheiro à solidariedade dos europeus, aqui lhes ofereço um exercício: o que é que lhes faz mais diferença, participar no apoio comunitário a Portugal ou perder a totalidade das vendas para Portugal?
 Há-de haver quem faça as contas. Talvez os finlandeses 'não verdadeiros'.

terça-feira, 26 de abril de 2011

bankster

Bankster é o nome muito usado a seguir à crise de 1929 para designar banqueiros desonestos. Resulta da contracção de 'banker' com 'gangster'. Andam muitos por aqui.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Portugal precisa de seriedade

Passos Coelho é um político que, para mim, tem uma qualidade inestimável: uma relação saudável com o dinheiro.
 Não se deslumbra com milionários nem se põe de gatas ao seu serviço, como tantos políticos que arruinaram o país com negócios duvidosos e degradaram esta democracia numa oligarquia. E foi isto o que Sócrates, Barroso, SLopes, Guterres, Portas e, em parte, Cavaco. 
 Se me enganar actuarei contra ele. Mas conheço-o há muitos anos, e julgo saber que com ele em PM as coisas mudarão para bem melhor.
 É por isto que o sector milionário da sociedade portuguesa (inclusivamente dentro do PSD) o ataca tão furiosamente e compra, através das agências de imagem, tanto texto nos jornais e tanto tempo nas TVs.
 Portugal precisa duma liberança política que não se deslumbre com milionários e banqueiros e não privilegie os negócios que são bons para eles e péssimos para Portugal.

domingo, 24 de abril de 2011

fome

Estão a aumentar os furtos de comida nos supermercados, feitos por pessoas que não têm como dar de comer aos filhos.

sábado, 23 de abril de 2011

o nobre...

 O PSD foi buscar o Nobre com quem compra o passe dum futebolista. O Nobre apanhou o PSD como quem apanha o eléctrico 28 para a Graça.
 Foi bom ou mau negócio? As eleições o dirão.
 Por enquanto, está a ser muito má a reacção do interior do PSD, dos anteriores fãs do Nobre e das pessoas politicamente mais envolvidas, activas e informadas. Os jornalistas também andam muito críticos.
 Não sei qual vai ser a reacção do eleitorado menos empenhado, do povo pequeno.
 Ver-se-á.
 Só espero que não venha a ser o Nobre a salvar a eleição do Sócrates.
 Se for, então os portugueses consagrar-se-ão como o povo politicamente mais estúpido do mundo.

vítor constâncio

Depois de toda esta orgia de comportamentos bancários disfuncionais, irracionais e incompetentes, importaria pelo menos responsabilizar Vítor Constâncio.
Era da responsabilidade dele não permitir que a Banca portuguesa fizesse o que fez.
Qual a justificação que ele dá?
Ninguém lhe pergunta?
Ninguém o responsabiliza?

domingo, 17 de abril de 2011

a outra face da lua: cláusulas de equilíbrio financeiro

 Só servirá Portugal um novo governo que no seu primeiro acto legislativos aprove uma «Lei de Emergência Económica» que lhe permita imediatemente:
 Modificar unilateralmente as "cláusulas de equilíbrio financeiro" das PPPs, das SCUTs e das concessões, que onerem o Estado com o risco do negócio. Note-se que tais cláusulas genéricamente são proibidas pela lei mas, não obstante, constam daqueles contratos.
 Caracterizam-se por fazer com que o Estado suporte todos os prejuízos, ficando os lucros para os privados.
 Ainda segundo a lei geral, pelos prejuízos já sofridos pelo Estado em consequência destas cláusulas - e que estão todos devidamente contabilizados (nem é preciso procurar) - devem ser responsabilizados os agentes do Estado (Ministros, Secretários de Estado, Directores Gerais, etc) que tiverem assinado os contratos em questão, e condenados a pagar esses prejuízos e executados no seu património directo e indirecto (off-shores, inshores, etc) para pagamento.

sábado, 9 de abril de 2011

socretinices

 Sócrates e os seus anõezinhos acusam o PSD da crise. É cretino.
 Por um lado porque não foi o PSD que recusou o PEC VI: foi toda a oposição.
 Por outro, porque foram seis anos de governo incompetente que encheram o copo até a borda: a recusa do PEC IV foi só a gota de água.

terça-feira, 29 de março de 2011

a insolvência das famílias

 As famílias portuguesas estão cada vez mais insolventes. Todos dizem que é porque consomem imoderadamente. Mas não é apena por isso. É principlamente pelas taxas de juro escandalosamente usurárias permitidas pelo Banco de Portugal.
 Olhem bem para elas:
 Crédito pessoal:
 5,8% - finalidade educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos
 19,2% - outros créditos pessoais
 Crédito automóvel
 7,7% - leasing ou ALD novos
 9,1% - leasing ou ALD usados
 11,4% - com reserva de propriedade e outros, novos
 15% - com reserva de propriedade e outros, usados
 33,2% - cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades a descoberto.

Esta última taxa de 33,2% apanha praticamente todas as famílias que estão em rupura financeira. è completamente desonhsta, imoral e sobretudo substancialmente usurária.

Commonsense pergunta-se quem foi que meteu a cunha, quem fez o tráfego de influências que permitiu esta imoralidade.

sábado, 26 de março de 2011

a mentira do IVA

Passos Coelho não propôs aumentar o IVA.
 O que disse foi que não lhe é possível, hoje, sem saber exactamente o que se passa de vardade com as contas públicas, prometer formalmente que não aumentará impostos. E acrescentou que se tiver mesmo de haver aumento de impostos prefere aumentar o IVA a prejudicar as pensões e as reformas. É completamente diferente.
 Veio imediatamente a máquina de propaganda do Governo a acusar Pásos Coelho de prometer o aumento do IVA, que o IVA é um imposto cego e o mais injusto dos impostos.
 Mentem com a "tranquilitas animi" a que foram habituados pelo seu líder. A mentira repetida e compulsiva, tem alguma eficiência, principlamente perante as pessoas menos atentas.
 Por isso, aqui chamo a atenção: é falso, Passos Coelho não disse que iria aumentar o IVA.
 Só me surpreende como ainda há alguém que acredite nas mentiras dos socialistas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

preso por ter cão... preso por não ter

O grande dilema das políticas de conteção e de austeridade que têm seguidas até agora é que dão semore mau resultado. Se não são suficientemente restritivas, o ratings degradam-se e os juros sobem porque «os mercados» duvidam da capacidade de Portugal pagar a dívida externa; se são suficientemente restritivas, os ratings degradam-se e os juros sobem porque «os mercados» duvidam da capacidade de Portugal ter competitividade suficiente para gerar os fundos necessários para pagar a dívida externa.
Como diz o velho ditado: «preso por ter cão... preso por não ter cão», ou ainda outra mais pitoresco: «sol em Dezembro, Natal em Dezembro... ou chuva em Novembro, Natal em Dezembro».

A verdade nenhuma destas receitas contribui para a cura do doente e ambas para o agravamento dos seus males. Também não sei se será o «bail out» europeu, de braço dado com FMI e BCE que resolverá qualquer coisa.

Uma coisa eu sei. Vamos regressar a outros tempos em que se vivia muito pior.

domingo, 20 de março de 2011

a liga árabe.

Desde o princípio que achei estranha a atitude da Liga Árabe de pedir e apoiar a resolução do Conselho de Segurança que permitiu a utlização dos «meios que forem necessários» para a interdição de espaço aéreo líbio, com o fim de poupar vidas humanas. Tada gente sabia, quando esta resolução foi votada - incluindo a Liga Árabe - que a sua formulação permitia os ataques ao solo, às defesa antiaéreas e aos blindados e forças terrestes da Líbia.
 Agora, a Liga Árabe mostra desconforto com os ataques ao solo e esboça um afastamento.
 Talvez tenha razão um comentador francês que acabei de ver na TF24 quando alvitrou que a Liga Árabe terá apoiado esta resolução convicta de que seria vetada pela Rússia e pel China, mas que na realidade apenas pretendia fazer boa figura, sem querer propriamente que a resolução entrasse em vigor. Nunca se saberá, mas é uma hipótese de trabalho interessante.

sábado, 19 de março de 2011

higienização

Já começou a operação de limpeza do Kadafi e do seu regime. A Líbia está a sofrer e vai sofrer, como sempre acontece nestas ocasiões, mas vai ficar bem melhor. Foi pena que tivesse demorado um dia a mais, permitindo que as tropas de Kadafia tenham chegado a entrar em Bengazi. Acho mesmo que a operação só não demorou mais tempo porque a França tomou a inciativa antes mesmo de estar concluída a última reunião.
Triste e pobre foi a posição de Portugal. Foi duma tibieza embaraçosa.

domingo, 13 de março de 2011

revolta

É imoral a frieza com que se faz cair sobre os mais pobres, os reformados e a classe média o fundamental do custo da crise. Aqueles que a causaram (mesmo que não os únicos), os banqueiros, os empresários e as oligarquias do regime, o bloco central dos interesses, saem quase incólumes. Isto só pode causar revolta.

sábado, 12 de março de 2011

europacto, eurobonds e solidariedade económica europeia

  O Conselho Europeu permitiu que os fundos de intervenção europeus intervenham no mercado primário a comprar emissões de dívida soberana aos preços do FMI, isto é, a 5%, o que irá permitir livrar-nos dos 'loan sharks' que nos espoliam a quase 8%.
 Temos o Europacto a começar a funcional. Ainda bem.

 O mecanismo de atque ao Euro era simples: a agências de rating (aquelas que deram AAA ao Lehman na véspera da falência), contratadas e pagas pelos fundos e bancos, baixam, por encomenda, o rating daqueles que sabem que terão de ir ao mercado vender dívida sem capacidade de negociação do preço. E fazem isto para induzir a subida das taxas, o que asim conseguem. Depois aproveitam, fazem lucros monumentais com os quais remuneram devidamente as agências de rating, e ficam com o resto. É um negócio da China.
 Só pode ser contrariado por dois factores:
 - Os países (entre eles Portugal) não se deixarem chegar a uma situação calamitosa das finanças públicas que os obrigue a ter de aceitar qualquer preço e os deixe à mercê dos 'loan sharks'. Para isso, temos muito a fazer, para gerar superavits que permitam deixar esta situação de dependência (insolvência). Principalmente, reduzir o custo do Estado e punir os banqueiros que criaram endividamento excessivo dos seus bancos perante o estrangeiro (insolvência culposa).
 - Haver um fundo suficientemente robusto financeiramente que permita à UE intervir no mercado para livrar os Estados Membros falidos da aguiotagem dos fundos e dos bancos. Isso é conseguido com a utilização dos novos fundos comunitários. Estes fundos comunitários são alimentados com emissões de Eurobonds, devidos pela UE no seu conjunto.
 É a solidariedade europeia a funcionar. 
 http://www.consilium.europa.eu/uedocs/cms_data/docs/pressdata/en/ec/119808.pdf

quarta-feira, 9 de março de 2011

um discurso que já tardava

Tirado integralmente do «basfémias»:

As mensagens mais relevantes do discurso, algo que não me lembro de alguma vez ter ouvido com tanta clareza a um responsável político (bolds meus):
(…) Por outro lado, é essencial valorizar o papel das empresas e do empreendedorismo, da mesma forma que se celebra, por exemplo, o sucesso dos nossos atletas na obtenção de títulos internacionais.
É importante reconhecer as empresas e o valor por elas criado, em vez de as perseguir com uma retórica ameaçadora ou com políticas que desincentivam a iniciativa e o risco. No actual contexto, são elas que podem criar novos empregos e dar esperança a uma geração com formação ampla e diversificada e que não consegue entrar no mercado de trabalho. São as empresas que podem dinamizar as exportações e contribuir para a contenção do endividamento externo. Não podemos assistir de braços cruzados à saída de empresas do nosso País. Pelo contrário, temos que pensar seriamente no que é que podemos fazer para atrair mais empresas.
O essencial do investimento rentável e virado para os sectores transaccionáveis vem das empresas privadas. Precisamos de valorizar, em particular, quem tem vontade e coragem de inovar e de investir sem precisar dos apoios do Estado. (…)
(…) A nossa sociedade não pode continuar adormecida perante os desafios que o futuro lhe coloca. É necessário que um sobressalto cívico faça despertar os Portugueses para a necessidade de uma sociedade civil forte, dinâmica e, sobretudo, mais autónoma perante os poderes públicos.
O País terá muito a ganhar se os Portugueses, associados das mais diversas formas, participarem mais activamente na vida colectiva, afirmando os seus direitos e deveres de cidadania e fazendo chegar a sua voz aos decisores políticos. Este novo civismo da exigência deve construir-se, acima de tudo, como um civismo de independência face ao Estado.
Em vários sectores da vida nacional, com destaque para o mundo das empresas, emergiram nos últimos anos sinais de uma cultura altamente nociva, assente na criação de laços pouco transparentes de dependência com os poderes públicos, fruto, em parte, das formas de influência e de domínio que o crescimento desmesurado do peso do Estado propicia. (…)
(…) É altura dos Portugueses despertarem da letargia em que têm vivido e perceberem claramente que só uma grande mobilização da sociedade civil permitirá garantir um rumo de futuro para a legítima ambição de nos aproximarmos do nível de desenvolvimento dos países mais avançados da União Europeia. (…)
 Estou 100% de acordo. Confesso que me enganei no último post. E ainda bem.

terça-feira, 8 de março de 2011

posse

Amanhã vou à cerimónia de posse do Presidente da República.
Não sei o que ele vai dizer e não tenho sequer curiosidade em saber. Vai fazer um discurso de circunstância que vai servir para alimentar as jornalices do costume. Penso que será irrelevante.
Os portugueses vão ter de mudar de vida e também eu.
Mas é tão difícil mudar de vida e renunciar...

segunda-feira, 7 de março de 2011

à rasca... a cena de vitimização

 Já há muito que estava à espera duma coisa assim. Perto de um terço dos inscritos na Faculdade (não lhes chamo alunos e muito menos estudantes, porque não são) não estudam absolutamente nada, não vão às aulas e não se interessam por aprender o que quer que seja. Naturalmente vão andando de chumbo em chumbo... e isto quando se apresentam a provas. No mais, são úteis para o financiamento da Faculdade cuja verba é determinada pelo número de inscritos. Por ironia, chamamos-lhes os 'mecenas'.
 São meninos mimados, estragados pelos pais que acabam sempre por lhes fazer a vontade depois de terem aturado um cena de vitimização.
 Agora que já não adianta fazerem cenas de vitimização em frente dos pais, vêem fazê-las para o meio da rua... a ver se o País lhes faz a vontade.

a guerra da gasolina e do gasóleo

Os preços fixados pelas gasolineiras para a venda ao público da gasolina e do gasóleo são completamente injustificados. Perante o clamor geral que suscitaram, as gasolineiras aumentaram-nos outra vez.
É um comportamente arrogante, prepotente, próprio e quem se sente com pleno domínio do mercado, para não dizer também das entidades a quem compete regulá-lo.
A passividade da Autoridade para a Concorrência e da DECO fazem-me duvidar da adequação das suas denominações: autoridade ou fraqueza? defesa do consumidor? Que vergonha, como pode isto acontecer?
 Malhas que o lobying tece...
 A atitude das gasolineiras corresponde ao desencadear duma guerra declarada ao consumidor: ele que se defenda, que a petroleiras são ricas, influentes e poderosas.
Mas como haverão os consumidores de se defender? A minha proposta é a seguinte:
Boicotar os postos da GALP. A GALP é a maior responsável porque tem a maior fatia o mercado; portanto a sua escolha é eticamente acertada. Por outro lado, é na GALP que está concentrado o fundamental da capacidade de armazenamento e a totalidade da refinação. Uma quebra acentuada nas suas vendas criar-lhe-á uma situação muito delicada de excesso de stocks, da qual só se pode defender baixando os preços para escoar rapidamente o produto refinado; portanto a escolha é tecnicamente acertada.
Eu já comecei. BOICOTE À GALP.

domingo, 6 de março de 2011

why God never received tenure at any university


  1. He had only one major publication.
  2. It was in Hebrew.
  3. It had no references.
  4. It wasn’t published in a reference journal.
  5. Some even doubt he wrote it himself
  6. It may be true that he created the world, but what has he done since then?
  7. His cooperative efforts have been quite limited.
  8. The scientific community has had a hard time replicating his results.
  9. He never applied to the Ethics Board for permission to use human subjects.
  10. When one experiment went awry he tried to cover it up by drowning the subjects.
  11. When subjects didn’t behave as predicted, he deleted them from the sample.
  12. He rarely came to class, just told the students to read the Book.
  13. Some say he had his son teach the class.
  14. He expelled his first two students for learning.
  15. Although there were only ten requirements, most students failed his tests.

sexta-feira, 4 de março de 2011

o PSD tem que começar a estar preparado

O PSD não quer derrubar o Governo. Já o demonstrou bem em várias ocasiões em que teve a oportunidade de o deixar cair, ou de o fazer cair, e assumir a governação. É uma atitude responsável. Nesta época de crise financeira, o que menos convém a Portugal é mesmo um crise política.
Todavia, o Governo está a entrar em deliquescência, com um primeiro ministro que inventa uma verdade para cada coisa, para cada dia e para cada intrelocutor e o pior de tudo é que acaba por acreditar em todas elas ao mesmo tempo.
Não é difícil adivinhar que o Governo vai acabar por cair. Depois da posse do Presidente, não constitui segredo para ninguém que a UE vai obrigar o Governo Português e pedir a intervenção do Fundo Europeu de Estabilização e que vai tê-la juntamente com o FMI. Aí dificilmente Sócrates se aguentará no poder por muito tempo.
O PSD tem, por isso, que estar preparado. Embora não esteja a puxar por ele, o poder vai-lhe cair no colo mais cedo ou mais tarde. E quando isso acontecer vai ter de estar preparado...

quarta-feira, 2 de março de 2011

e os banqueiros também...

A culpa da bancarrota portuguesa não é só do governo, é também dos bancos, que andaram a conceder crédito em quantidade excessiva e a quem não podia pagar. E concederam-no também aos amigos.
Basta ver quanto é que a CGD emprestou ao Berardo e que nunca mais vai recuperar. E ao Fino, e à T. Duarte. E fizeram-no com fundos que foram obter emprestados no estrangeiro e que, agora, não conseguem pagar.
Devia ser feita uma sindicância global ao comportamento dos banqueiros e às suas consequências na bancarrota portuguesa. E, já agora, também aos ganhos patromoniais que obtiveram durante esse tempo.
Não foram só os políticos e os governantes... foram os banqueiros também.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

situação desesperada... mas não grave.

Desesperada - é a situação das finanças portuguesas.
Mas não é grave - porque estamos no Euro
Desesperada mas grave - seria esta situação se estivessemos no escudo.
Teríamos de fazer uma união económica e monetária ... com Cabo Verde.

o futuro segundo Epicuro

Nunca nos devemos esquecer que o futuro nem é totalmente nosso, nem totalmente não-nosso, para não sermos obrigados a esperá-lo como se estivesse por vir com toda a certeza, nem nos desesperarmos como se não estivesse por vir jamais (Epicuro, Carta sobre a felicidade, a Meneceu).

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

fim de festa

Aproxima-se a passos largos o bail-out de Portugal, quer dizer, a declaração de bancarrota com intervenção europeia.
É o fim dum ciclo de irresponsabilidade que teve início no fim do último governo de Cavaco, quando Guterres dizia que não seria o 'bom aluno da Europa' e Sampaio que 'há mais vida para além do défice'.
Foi daí em diante que se professou a irresponsabilidade financeira e o desperdício como se fosse uma fé religiosa e se gastou, gastou, gastou, como se nunca se tivesse que pagar. Quando já não havia cá, recorreu-se ao crédito externo sem critério e sem limite, tanto o Governo como a Banca.
É este ciclo que está a terminar.
Commonsense espera que termine mesmo e que termine de vez. E que nunca mais os portugueses se deixem enganar com as promessas de sobreconsumo fácil à custa de ficar a dever.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

CP Carga

O Ministro das Obras Públicas demitiu a administração da CP Carga. As pessoas acharam bem.
Mas não se compreende porque é que existe mais do que uma CP: a CP propriemente dita e a CP Carga, a não ser para duplicar o número de lugares e de despesa. Durante décadas houve só uma CP: porquê duas?
Commonsense não aplaude o Ministro e critica-o por não ter simplesmente extinto a CP Carga, (re)incorporando-a na CP.

a recessão, o bom senso e o bom gosto

O Governador do Banco de Portugal numa entrevista muito difundida disse que Portugal está em recessão. Ricardo Salgado veio a público criticar o Governador dizendo que ele não deveria ter dito isso. Salgado enganou-se e pensou que ainda tinha Constâncio no Banco de Portugal.
Mas o que constitui notícia, aqui, não é a recessão, que já toda a gente sabia, é a atitude de Salgado a pretender puxar publicamente as orelhas ao Governador do Banco Central. Revela muita falta de bom senso e de bom gosto.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

é sempre difícil

É sempre difícil saber até onde devemos interferir nos outros e no resto para endireitar o mundo. O mundo será sempre torto, mais ou menos torno, mas de alguma maneira torto.
É sempre difícil saber até onde devemos interferir na vida dos nossos amigos, para lhes endireitar a vida, porque, sem querermos, podemos estar a entortá-la mais.
É sempre difícil saber como devemos agir bem e não mal.
Foi essa a mais terrível maldição com que Deus castigou Adão e Eva, e a sua descendência, quando os expulsou do Paraíso: escolher livremente entre o bem e o mal.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

agarrem-se bem

Apesar das frases ocas do Governo e da publicidade que lhes é dada pela comunicação social afecta ao regime, a verdade é que as taxas vigentes no mercado para a dívida portuguesa são incomportáveis e continuma incomportáveis. Há indícios de que continuarão assim.
O BCE tem mentido Portugal a flutuar - embora com a borda debaixo de água - à custa de lhe comprar a dívida que emite. Mas se o BCE parar de o fazer, Portugal despenhar-se-á na mais calamitosa das falências.
Agarrem-se bem, apertem os cintos e preparem-se para o desastre.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

a verdade e a incompreensão

O pior problema de verdade é suscitar a incompreensão. A alternativa é dizer a mentira conveniente; é mais fácil e mais confortável. Suscita menos incompreensão.
Mas dizer averdade é uma imposição do respeito que se tem pela pessoa com quem se fala. A quem se não respeita, pode dizer-se qualquer coisa.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

o taxista do Cairo

Vi uma entrevista na CNN dum taxista do Cairo que estava eufórico, certo de que tudo de bom viria agora a acontecer.
Só que o que o taxista do Cairo verdadeiramente deseja é ser taxista em Berlim.
Quer isto dizer que os egípcios que andam tão contentes estão a sofrer do mesmo síndrome que nós em 74. Pensámos que a felicidade e a prosperidade, leia-se, o padrão de consumo dos alemães (ou o que nós pensávemos ser o nível de vida dos países europeus) estava ali ao virar da esquina. Mas não estava.
E no Cairo também não vai estar. A próxima coisa que lhes vai acontecer é uma baixa na economia induzida por uma quebra nas receitas do turismo e alguma desorganização. Depois, as dores de parto da democracia. Se não morrer no parto, vai ainda demorar um geração inteira para crescer.
Mas pode ainda acontecer que os militares, depois de 18 dias de tirocínio a ganhar a confiança do povo, continuem no poder e designem outro Faraó...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Krugman e o Euro: o E-Bond

Kugman, Nobel da economia, escreveu um importante artigo sobre os problemas da Europa e do Euro. Muita gente comenta sem ter lido e, para evitar isso, aqui fica o link.
No vou fazer a exegese nem comentar o comentário. Simplesmente a minha opinião (vale o que vale):
1. O argumento de que uma moeda única não serve várias economias diferentes é desmetido pelos próprios USA, com Estados economicamente tão diferentes como o Utah (semelhante a Portugal), o Nevada (semelhante à Irlanda) e a Califórnia (semelhante à França).
2. O argumento de que a moeda única impede a solução de desvalorização da moeda para impulsionar uma recuperação induzida pela exportação também não tem valor. Em primeiro lugar, nos USA também os diversos Estados não podem desvalorizar porque têm moeda única (US$) e, em segundo lugar, porque a desvalorização torna mais caras as importações de energia e matérias primas, e aumenta também a dívida externa; e produz inflação importada que anula o efeito benéfico da desvalorização, acabando por conduzir à espiral inflacionária com estagflação, agitação social e ínstabilidade política. Além disto, o Euro não impede a chamada 'desvalorização interna' feita através da redução salarial e da perda efectiva de poder de compra, o que estimula a exportação, como sucedeu nos Estados Bálticos e parece estar a suceder em Portugal.
3. Concordo com Krugman quando diz que a solução está numa maior integração fiscal e financeira da Europa, num maior profundamento político-financeiro, com a emissão de E-Bonds e implementação dum sistema de transferências dos Estados ricos para os Estados pobres, como previsto inicialmente por Robert Schumann e os founding fathers da Europa e como funciona nos USA.
A Europa, reconhece Kugman, é a maior economia do mundo e não pode colapsar sem risco gravíssimos. A saída do Euro por parte de qualquer dos Estados que o têm teria consquências dantescas económica e socialmente, com corridas aos Bancos, desvalorização incontrolável e colapso económico-social.
Resta, pois, ultrapassar os nacionalismos e egoismos nascentes e emitir Euro Bonds (E-Bonds) suportados pela globalidade da economia da UE. Era isso, no fundo, o que se passava antes de se ter admitido taxas diferenciadas nas 'dívidas soberanas' dos diversos Estados da União. Na UE já não há 'estados soberanos' no sentido próprio do termo e não pode portanto haver 'dívidas soberanas'.
É preciso pôr em prática a solidariedade europeia e passar a emitir E-Bonds.
Aos alemães que perguntam porque é que hão-de pagar os problemas económicos dos outros europeus respondo que porque os outros europeus também já pagaram recentemente os problemas económicos (e não só) dos alemães.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

a prepotência

A prepotência sempre me causou revolta, repugnância e desprezo.
Encontra-se muito em todos os que são fracos com os fortes e fortes com os fracos.
Aqueles que se aviltam perante os que consideram acima de si e humilham os que estão em situação de fraqueza.
Os prepotentes só conhecem as relação vertical, de cima para baixo, de baixo para cima. Não conseguem ter um relacionamento horizontal, no mesmo plano com as outras pessoas. Não digo com os seus semlhantes, porque não os têm: só superiores ou inferiores.
Os prepotentes não são capazes de entender o Segundo Mandamento: amai-vos uns aos outros.
Os prepotentes não sofrem de complexo de inferioridade: são mesmo inferiores.

good news... bad news

Good news: hoje Sócrates diz que cumpriu o défice e até melhorou um bocadinho.
Bad news: foi à custa do fundo de pensões da PT, o que significa que toda a gente vê que não cumpriu o défice e até agravou um bocadinho.

sábado, 8 de janeiro de 2011

bancos e transparência

O Bancos deviam ser obrigados a publicar na sua correspondência e à porta das suas instalações o grau de solvência e a 'ratio' entre volume de depósitos e de crédito concedido, único modo de os seus clientes saberem onde estão a pôr o seu dinheiro.

7% +

A taxa a que o Estado Português se financia no mercado ultrapassou os 7%.

Isto significa que é inevitável o FMI.

disparates dum bastonário

Marinho e Pinto vai propor que acesso à advocacia só seja possível com mestrado (Público).

Gostaria bem que Marinho e Pinto fosse submetido a provas na minha Faculdade para ver qual seria o resultado. A generalidade dos candidatos à inscrição na ordem é mais conhecedora do Direito do que este incrível Bastonário.

É preciso começar a prepar desde já uma alternativa.

why God never received tenure at any university

WHY GOD NEVER RECEIVED TENURE AT ANY UNIVERSITY

1. He had only one major publication.

2. It was in Hebrew.

3. It had no references.

4. It wasn’t published in a reference journal.

5. Some even doubt he wrote it himself

6. It may be true that he created the world, but what has he done since then?

7. His cooperative efforts have been quite limited.

8. The scientific community has had a hard time replicating his results.

9. He never applied to the Ethics Board for permission to use human subjects.

10. When one experiment went awry h tried to cover it up by drowning the subjects.

11. When subjects didn’t behave as predicted, he deleted them from the sample.

12. He rarely came to class, just told the students to read the Book.

13. Some say he had his son teach the class.

14. He expelled his first two students for learning.

15. Although there were only ten requirements, most students failed his tests.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

alegre vazio

Tem feito ruído, Manuel Alegre, acusando cavaco, não se sabe bem de quê em relação ao BPN.
Mas não tem feito saber o que seria o Alegre Presidente, a não ser coisas vagas e banalidades.
Enfim, um vácuo alegre, uma alegre vazio

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

dados biomátricos - desmentido

Do próprio Ministro da Administração Interna recebi o texto seguinte que desmente aquilo que publiquei sobre a cedência aos Estados Unidos de todos os dados biométricos de todos os portugueses constantes do Arquivo de Identidicação:

Acordo de cooperação entre os EUA e Portugal relativo à prevenção e ao combate ao crime

03/01/2011

A criminalidade transnacional organizada e os atentados terroristas determinaram um significativo reforço dos laços de cooperação entre os Estados Unidos da América e a União Europeia. Assim, os Estados Unidos da América e os Estados da União Europeia definiram, como objectivo estratégico, o reforço da cooperação em matéria de combate à criminalidade e ao terrorismo.


Em 30 de Junho de 2009, foi assinado, entre a Secretária de Estado norte-americana e os Ministros da Administração Interna e da Justiça de Portugal, um Acordo relativo ao reforço da cooperação para a prevenção e o combate ao crime entre Portugal e os Estados Unidos da América, do qual foi dado público conhecimento em Nota de Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros.


O Acordo prevê a troca de informação relativa a suspeitos de crimes graves ou de terrorismo segundo a legislação de cada um dos Estados.


O Acordo assegura condições de reciprocidade, ou seja, garante que Portugal também beneficia das informações prestadas pelos EUA sobre cidadãos norte-americanos suspeitos. As condições de protecção dos dados transmitidos, nos termos do Acordo, respeitam os princípios de necessidade, adequação e proporcionalidade e os direitos, liberdades e garantias previstos na Constituição da República Portuguesa.


Em termos simplificados, o Acordo tem como principal objectivo evitar que indivíduos que cometam crimes em Portugal ou nos EUA continuem a cometê-los no território do outro Estado, assim contribuindo para prevenir ameaças graves à segurança pública e para garantir a protecção dos cidadãos.


As negociações do referido Acordo iniciaram-se em 2008 e foram lideradas, pela parte portuguesa, pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Por se tratar de matéria de direitos fundamentais, competência reservada da Assembleia da República, o Acordo terá de ser submetido à Assembleia da República, nos termos do artigo 161º da Constituição da República Portuguesa. No âmbito dos procedimentos internos para a aprovação do Acordo, foram solicitados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros pareceres aos Ministérios da Administração Interna e da Justiça, assim como à Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD). Foram entretanto recolhidos pareceres favoráveis dos referidos Ministérios, aguardando-se o parecer da CNPD.


Antes de a Assembleia da República aprovar, para ratificação, o Acordo, este não entra em vigor e não há lugar ao intercâmbio de informações.


Importa recordar que já foram assinados Acordos de idêntica natureza por 15 Estados-membros da União Europeia, a saber: Bulgária, República Checa, Alemanha, Estónia, Letónia, Lituânia, Hungria, Malta, Áustria, Polónia, Portugal, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Itália. As negociações bilaterais foram concertadas, entre os Estados-membros e a Comissão Europeia, ao nível do Conselho de Justiça e Assuntos Internos da União Europeia.


O objecto deste Acordo é distinto do Acordo entre a UE e os EUA relativo à transferência para as autoridades norte-americanas de dados do registo de identificação dos passageiros (dados PNR), que a Comissão Europeia foi mandatada para negociar com os EUA.

domingo, 2 de janeiro de 2011

o Império Americano e os seus cipaios

Diário de Notícias:
Os Estados Unidos (EUA) querem ter acesso a bases de dados biométricas e biográficas dos portugueses que constam no Arquivo de Identificação Civil e Criminal. O FBI, com a justificação da luta contra o terrorismo, quer também aceder à ainda limitada base de dados de ADN de Portugal. O acordo com o Governo português está feito e só falta ser ratificado na Assembleia da República. No entanto, este mês vai sair um parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) que alerta para os problemas que constam no texto do acordo bilateral.

Os Estados Unidos querem obter estes dados a pretexto da 'luta contra o terrorismo', argumento que têem utilisado dentro e fora do seu território para instalarem o seu Império. Assim como Roma alargou o Império a praticamente todo o mundo então conhecido após a derrota de Cartago, também os americanos que, nestas coisas, até estudam história e se consideram a Roma da actualidade (a Europa é, para eles, a velha Grécia, culta, dividida e fraca) estão a aproveitar o colapso da União Soviética para espalharem o seu Império.
Já reduziram os políticos, diplomatas e militares da Europa á condição de 'cipaios' e querem agora reduzir-nos à condição de servos. Ao menos Caracala tinha alargado a cidadania a todo o Império, mas eles não.

Esta violação da nossa privacidade é proibida pela Constituição (coisa pouca) pelo Código Civil (o que já tem valor) e pela Convenção Europeia dos Direitos do Homem.
Importa lutar contra isto.

o mandato governamental

Para incompreensão de muitos amigos, Commonsense acha que o Governo deve levar o mandato até ao fim.
Por duas razões: porque foi para isso eleito democraticamente (já pela segunda vez) e porque não há sistema que resista a mandatos que não se completam.
Na Espanha (nunca digo a 'vizinha Espanha', porque só há esta), desde a democracia, nunca houve um governo que não tenha completando o mandato. Bons ou maus, os mandatos são para se cumprirem. A instabilidade política é a pior inimiga da economia. Ninguém investe enquanto a política não estabiliza.
Cavaco sabe bem isso do tempo em que foi Primeiro-Ministro e sempre defendeu que os governos devem completar os mandatos. Por isso, não acredito que Cavaco, após ser eleito, derrube o Governo e convoque eleições. Se o conheço - e conheço-o de estar com ele na Comissão Política do PSD - Cavaco não o fará.
Perguntar-me-ão, então, o que fazer perante esta governação deplorável? A resposta é: sofrê-la até ao fim e, da próxima vez ter mais cuidado com o voto.
Sobretudo é importante que reduza essa péssima tendência para simplesmente não votar. Quem não vota não tem direito de se queixar.

sábado, 1 de janeiro de 2011

wikileaks e a loira burra

Wikileaks só foi possível porque o sistema de transmissão e armazenagem de dados sensíveis do Departamento de Estado dos USA era imensamente 'leaky'. Quer dizer, se houvesse ums sistema de segurança minimamente capaz, por exemplo, se todos aqueles emails fossem cifrados como deveriam ser, não teria havido wikileaks.
Por isto, eu acho que o Departamento de Estado, em vez de tentar 'matar o mensageiro das más notícias', devia antes agradecer-lhe por ter revelado as fragilidades do sistema de segurança da informação e corrigir imediatamente as falhas.
As 'leaks' publicadas pelo 'wiki', ainda por cima não são graves: algumas são embaraçosas (p. ex., comentários sobre a personalidade de governantes aliados) outras são o segredo do polichinelo (p. ex., a autorização dada pelo Governo Português às escalas nas Lajes dos vôos da CIA) que toda a gente já 'sabia' ou, pelo menos desconfiava fortemente.
Commonsense espanta-se que os segredos sejam 'aquilo'. Mesmo a manobra de acusar Julian Assange de violar duas mulheres que foram com ele voluntariamenta para a cama, é digno de um romance do John leCarré. E a tentativa de bloquear sites na internet foi mesmo francamente pueril.
A conclusão só pode ser uma: o departamente de Estado está a ser dirigido por um 'loira burra'.

Estónia no Euro

Hoje a Estónia aderiu ao Euro e ingressou no Eurogrupo. Com um PIB de 14 biliões é o segundo mais pequeno Estado da UE (economicamente), a seguir a Malta. É também o primeiro Estado oriundo da União Soviética a entrar na plenitude da participação da União Europeia.
Os estónios celebraram a entrada no Euro como garantia de independência, de progresso económico de ortodoxia financeira.
Isto desmente as tendências de alguns portugueses, uns menos inteligentes e outros 'atlantistas' (que dizer, pró-americanos), que dizem querer sair.
São tão estúpidos: o que seria de Portugal com um dívida gigantesca em Euros e receitas em Escudos devalorizantes!
Nestas coisas da inteligência há os que vêem logo, os que só vêem tarde de mais e os que são cegos de todo.