sábado, 30 de junho de 2012

a Bela Europa e os seus anõesinhos

Depois de uma longa época de saudável solidarismo que a construíu como a maior economia mundial e a maior zona de paz, de prosperidade, de democracia e de justiça social, uma noite de egoísmo levou a Europa à beira do colapso. O sistema liberal de cada um por si e a mão invisível por todos, deu já provas e provas de não poder funcionar só por si. Líderes europeus interessados principalmente nas suas próprias carreiras ou na sua reeleição doméstica não têm condições para construir a Europa. Que saudades de Dellors, de Kohl, de Miterrand, até de Schroeder.
Os actuais anões políticos que preenchem as chefias europeias evitaram in extremis o colapso da Europa. Fizeram-no pelas más razões, para não perderam as suas carreiras políticas na Europa e nos seus Estado Membros de origem. Safaram-se...
Mas enfin... antes assim do que pior.
Mas é necessário, dramaticamente necessário, que a Europa passe a ter na sua liderança pessoas que ponham o Ideal Europeu à frente dos seus países de origem.
Branca de Neve vai ter, um dia, de viver sem os seus anõezinhos.

domingo, 17 de junho de 2012

dislexia e vitimização

A DISLEXIA é uma perturbação da leitura que se carateriza por dificuldade de identificação das letras e pela sua troca na sequência de leitura ou de escrita. Afeta frequentemente crianças e dificulta a sua prestação escolar. A dislexia não impede a aprendizagem nem a profissão e são conhecidas muitas pessoas célebres afetadas por dislexia. Na wikipedia está uma lista enorme da qual aqui indico algumas a título exemplificativivo: Agatha Christie, Albert Einstein, Charles Darwin, Franklin Roosevelt, George Washington, Leonardo da Vinci, Napoleão Bonaparte, Pablo Picasso, Thomas Edison, Vincent van Gogh e Winston Churchil.
Eu também sou disléxico e continuo a trocar as letras, principalmente quando escrevo no computador. Também troco números e nunca fixo a matrícula do meu carro. Lembro-me que sempre tive dificuldade nas cópias e nos ditados, em que fazia imenso erros. Uma vez, a aproximar de Cadiz de barco, troquei os números das coordenadas que inseri no GPS e só não naufraguei porque estava uma visibilidade ótima!
Nem por isso deixei de concluir os meus estudos, mestrei-me, doutorei-me, associei-me, agreguei-me e hoje sou catedrático em Direito.
Isto vem a propósitco de mais uma "indignação" nacional meditática. Não deixaram que uma menina disléxica prestasse as suas provas de exame numa sala à parte em que outra pessoa lhe fizesse a leitura. Os media estão em combate!
Mas a escola e o júri fizeram bem.
Não deve nunca permitir-se que a criança dislexica se assuma como afetada por uma incapacidade e com uma deficiência inata, uma inferioridade, que seja um caso especial, que se diminua. Pelo contrário, sem que se aperceba da sua dificuldade, deve ser mais treinada porque terá sempre, no futuro, de enfrentar a sua dificuldade e competir com o outros. É uma crueldade e uma estupidez diminuir e vitimizar a criança disléxica. A dislexia ultrapassa-se e vive-se com ela, como demonstram os exemplos das pessoas que aqui deixei listadas e eu próprio.
PS: Ao digitar no meu computador este texto foram inúmeras as vezes que troquei as letras na escrita e que tive de corrigir.