segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

what goes up must come down.


Esta crise financeira era de prever já há alguns anos.

A economia mundial, abandonou uma linha de lento mas seguro crescimento e aqueceu repentina e desmesuradamente. Agora vai arrefecer até ao ponto de onde partiu o disparate. Há quem diga que foi o fim da “mão invisível”. Não, não foi: é a mão invisível que está a corrigir o disparate, as alavancagens irracionais, os banqueiros loucos, os supervisores cegos, os consumidores infrenes e os comentadores que acreditaram que ao Verão se seguia o Verão e que a maré cheia não parava de encher.

Agora, a economia mundial, nacional, pessoal, vão voltar para trás, para o seu ponto de equilíbrio natural. Só que já não se sabe onde é esse ponto. Perdeu-se de vista na poeira da cavalgada louca. E a dúvida é onde é que vai parar a descida. O perigo é que os mesmos analistas que diziam que a economia não pararia de subir, digam agora que não parará de descer. Lembram-se daqueles que, há menos de um ano, juravam a pés juntos que o petróleo subiria até aos 200 dólares e que só havia dúvida quanto ao tempo em que isso sucederia? Pois, bem, está a trinta e tal.

Tudo isto não tem nada de extraordinário. É aquilo que acontece sempre. A mão invisível corrige sempre os desvios do mercado, mais cedo ou mais tarde.

What goes up must come down.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Os Mártires e a multa

A Igreja dos Mártires, no Chiado, foi onde se rezou a primeira missa depois da reconquista de Lisboa aos mouros. Foi reconstruída depois do terramoto e é uma obra prima de arte do século XVIII. Foi recentemente restaurada durante mais de um ano em que ficou fechada.

Quando ficou pronta foi inaugurada pelo Cardeal Patriarca e houve muita satisfação.

Porém, demorou mais uns dias a tirar o último tapume na rua ao lado do que a licença permitia e foi multada pelo Câmara. O Prior dos Mártires fez uma exposição ao Presidente da Câmara e, passados quase três anos, no dia 23 de Dezembro, o Dr. António Costa mandou-lhe um presente para o sapatinho: multa de 2.500 euros, mais custas, para pagar ou executar.

No dia de Natal, Commonsense foi à missa aos Mártires. Commonsense é natural da freguesia dos Mártires e foi baptisado na Igreja dos Mártires. Não ia lá há muito tempo. Maravilhou-se com a qualidade do restauro e com a beleza da Igreja. No fim, o Prior dos Mártires, antes do ita missa est, pediu mais uma esmola: para pagar esta multa. Commonsense entregou tudo o que tinha na carteira. Os outros entregaram o que entenderam.

Mas é preciso mais dinheiro. Commonsense faz um apelo a todos os bloguistas de boa vontade: dêm uma esmola à Igreja dos Mártires, para ajudar a pagar a multa.

Commonsense está revoltado. Numa terra onde nunca ninguém é condenado, seja banqueiro, autarca, clube de futebol, pedófilo ou assassino, foi a Igreja dos Mártires a ser fulminada com poder repressivo do autarca socialista.

Depois de S. Vicente e de S. Bartolomeu dos Mártires, é a própria Igreja a sofrer perseguição

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

comonsense 2

O blog commonsense, do sapo, está bloqueado há vários dias. Depois de esgotar o recurso à assistência do sapo, commonsense viu-se forçado a migrar para aqui.

Espero que não tenha sido por causa dos contentores. Commonsense não se deixa contentorizar.