domingo, 26 de setembro de 2010

the final count down

Começou a contagem final. Cada dia que passa são mais milhões que se somam ao défice, que se acrescentam á pobreza nacional.
A pobreza nacional não vai poder deixar de se tranformar em pobreza pessoal dos portugueses. Com a excepçãos de alguns especuladores e devoristas, a pobreza vai atingir todos, uns mais, outros menos, mas todos, Ninguém vai escapar incólume a esta mistura de rapina e estupidez.

domingo, 19 de setembro de 2010

Afganistan revisited - uma importante entrevista de Patreus

Na edição inglesa do Der Spiegel, está uma entrevista do General pareus, Comandante da NATO no Afeganistão, cuja importância me leva a transcrever um resumo e a linkar o conteúdo:

Troops, money and a plan were long lacking in the battle against the Taliban in Afghanistan. In a SPIEGEL interview, ISAF Commander David Petraeus, discusses these failures with unusual frankness. The general says he is concerned about the increasingly symbiotic relationship between terror groups in the region.

É de não perder, para quem quiser compreender o que ali se passa.

irresponsabilidade financeira arripiante

No último ano, segundo os dados de Bruxelas, Portugal foi o único dos países em crise que aumentou o défice. Grécia, Espanha e Irlanda reduziram os défices, mas Portugal, não.
Isto provocou visível impaciência e, mesmo, irritação na UE.
E, o que é mais inquietante ainda, é que o Governo Português continua a não dar sinais de vir a fazer o que quer que seja com tal resultado. Fala, fala, fala... sobre tudo e sobre nada... mas fazer, não faz nada. O défice vai atingir números colossais.
É duma irresponsabilidade financeira arripiante.

sábado, 18 de setembro de 2010

contentores revisited

Ai contentores, contentores. Ainda acabam na prisão.
Ler Público

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Basel III e a Banca portuguesa

Os acordos de Basileia (Basel I e Basel II) tiveram sempre o objectivo ou o efeito de reforçar a segurança do sistema bancário. Não obstante, o sistema entrou em colapso.
Isto porque não adianta fixar procedimentos de segurança objectivo, quando a fragilidade é subjectiva. Não há banca que resista à ganância e à pouca honestidade dos banqueiros.
Agora, Basel III veio exigir o reforço dos capitais do Bancos. E bem, porque estão muito descapitalizados, mas nada fez no que respeita à exigência subjectiva de honestidade e sentido do respeito pelos clientes e pelo público aforrador por parte dos banqueiros. Esta é a grande fragilidade de Basel III.
Mas Basel III vai obrigar os Bancos mais frágeis a proceder a aumentos do capital.
Commonsense interroga-se como irão certos Bancos portugueses aumentar os seus capitais? quem subcreverá tais aumentos do capital? que lhe sucederá se não o fizerem? no fim restará algum Banco português, além da Caixa e do Montepio?

domingo, 12 de setembro de 2010

a venalidade dos 'media' portugueses

Commonsense reproduz aqui (copy-paste) dum post de curiosa qb, um comunicado da ERC sobre a vergonha que tem sido a campanha mediática maciça a favor do Carlos Cruz para influenciar a opinião pública e condicionar o Tribunal da Relação que lhe vai julgar o recurso.

Aí vai:
1. Na sequência da sentença do tribunal de primeira instância sobre o processo "Casa Pia", têm-se sucedido na imprensa, rádio e televisão, entrevistas a alguns dos acusados, em desrespeito, por vezes grosseiro, pelo princípio do equilíbrio, da equidistância e da igualdade de tratamento de todos os agentes envolvidos no processo.
2. O Conselho Regulador tem presente o impacto mediático do processo acima referido, e a sua indiscutível relevância no plano do exercício da liberdade de informar. Nada obsta a que os jornalistas, como qualquer cidadão, possam ter, a esse propósito, convicções, mais ou menos marcadas. Mas não pode o Conselho deixar de chamar a atenção para o facto de que os órgãos de comunicação social estão obrigados a informar de modo isento e com um mínimo de distanciamento, para mais a respeito de uma temática de tão especial sensibilidade como a que foi tratada no processo "Casa Pia".
3. Assim, o Conselho Regulador vê com preocupação, e não pode deixar de reprovar, a mediatização conferida pela generalidade dos órgãos de comunicação social a um dos condenados pelo referido Tribunal - o ex-apresentador de televisão Carlos Cruz -, em particular o canal generalista do serviço público de televisão que, nos últimos dias, lhe concedeu lugar de especial destaque, e mesmo protagonismo, em pelo menos três dos seus programas de informação de maior audiência.
4. Sem colocar em causa os princípios consagrados na Constituição e na Lei sobre a liberdade de imprensa - antes os reafirmando -, o Conselho Regulador recorda as especiais responsabilidades do serviço público de televisão no cumprimento dos princípios éticos e deontológicos do jornalismo e no respeito pelas decisões dos tribunais num Estado de Direito.
5. Não deve, com efeito, a invocação da liberdade de informar e de livre determinação de critérios editoriais servir, ainda que de forma involuntária, para transmitir convicções próprias ou para uma procura de audiências a qualquer custo, com prejuízo do equilíbrio, isenção e imparcialidade a que está, de modo reforçado, obrigado o serviço público de televisão.
Lisboa, 10 de Setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

when the shit hits the fan... everybody gets dirty

Carlos Cruz parece que vai começar a revelar no seu site nomes de imensa gente que, sem o dizer, pretende envolver. São, em geral, segundo me apercebi, pessoas aludidas no processo e em relação a quem se concluíu pelo não envolvimento, ou nada se concluíu.

Vejamos que mais lixo este 'senhor' nos vai oferecer.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

e os outros...?

Muita gente se interroga: e os outros pedófilos? não são condenados?
E daqui parte para uma fragilização da sentença que passa a ser injusta por apanhar só alguns.

Este argumento não tem valia: a sentença que condena um ladrão não passa a ser injusta por não condenar todos os ladrões.

Estes já foram condenados. Os próximos ver-se-á em devido tempo.

Mas não é preciso condená-los todos ao mesmo tempo.

sábado, 4 de setembro de 2010

hit the road bastard

A tribute to Carlos Cruz et all:

Casa Pia: e não se condena o Estado?

Já vim várias vezes a este assunto, no passado. Nunca admiti que os principais culpados fossem absolvidos. Algo me dizia que eram culpados. E eram. Foram condenados.

Mas não foi condenado o Estado Português que durante anos a fio tolerou o que se passava na Casa Pia e continuou a atirar para lá as crianças que retirou aos pais a pretexto de estarem em perigo em famílias desfuncionais, tranferindo-as de situações de perigo para uma situação de certeza do horror, da agressão, do sofrimento, da lesão permanente e até da morte (não esquecer que uma das vítimas se atirou para baixo dum comboio).

O Estado sabia o que ali se passava? Se não sabia, tinha a obrigação de saber. Como entidade tutelar da Casa Pia constitui dever funcional do Estado geri-la e saber o que lá se passa.

O Estado devia pois ser condenado a duas coisas: além da indemnização das vítimas, todas, a reformar a Casa Pia dos pés à cabeça e transformá-la numa instituição modelar, a melhor que houver. Só assim se poderá redimir, embora não completamente.

Custa caro? qualquer auto-estrada redundante chega e sobra.