Diz por aí a imprensa (não é que eu acredite muito) que o comissário finlandês da Comissão Europeia diz a quem o quer ouvir que o apoio a Portugal tem de ser votado por unanimidade de todos os 27 membros da UE e que a Finlância poderá vetar.
É estranho, desde logo, porque o estatuto dos membros da comissão não lhes permite representar ali os seus países, nem promover os seus interesses. Por outro lado, porque a União Europeia é um projecto de solidariedade e não uma agremiação de interesses nacionais e financeiros.
Mas, se vier a acontecer que a Finlândia vete o apoio a Portugal, nem por isso Portugal deixa de o poder (e dever) obter do FMI, do qual é membro de pleno direito.
Haverá naturalmente uma pesada redução do consumo, em produtos de toda a espécie. Em produtos finlandeses, essa quebra do consumo andará, penso eu, próxima dos 100%.
Já que os 'verdadeiros finlandeses' sobrepõem o egoísmo do dinheiro à solidariedade dos europeus, aqui lhes ofereço um exercício: o que é que lhes faz mais diferença, participar no apoio comunitário a Portugal ou perder a totalidade das vendas para Portugal?
Há-de haver quem faça as contas. Talvez os finlandeses 'não verdadeiros'.
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