sábado, 28 de setembro de 2013

hubris

Na mitologia grega, a atitude de arrogância de quem se acha acima dos deuses.
Os deuses não se ralam, sabem que não vai durar e que vai acabar mal.

sábado, 14 de setembro de 2013

que se lixem

Para grande mal estar dos portugueses politicamente corretos, Portugal continua a melhorar a sua economia.
Que lixem os portugueses politicamente corretos!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

elite, pouca e fraca

Portugal tem uma elite pequena e insuficiente.
Acidentes históricos vários contribuíram para isso. D. João III expulsou os judeus e, com eles muito da elite que havia. Os Descobrimentos e o Império consumiram muita gente de qualidade. Alcácer Quibir matou o que de melhor havia e o Terramoto dizimou milhares. A ida da Corte para o Brasil levou quase toda a elite e grande parte dela ficou lá e não regressou.
O século XIX foi muito mau, por falta de uma elite que conseguisse adaptar o país ao tempo e a existência e uma pleiade de escritores não superou a carência de uma competência técnica. O salazarismo congelou a sociedade, as empresas e as posições e poder em mãos herdeiras, nem sempre com qualidade.
Uma sociedade pluralista, como é a sociedade liberal, é muito exigente, não só em qualidade como também em quantidade de pessoas que desempenham cargos de responsabilidade.
Portugal não tem gente com qualidade e em quantidade necessária para os desafios do século XXI. Tem alguma quantidade com alguma qualidade, mas não chega.

domingo, 8 de setembro de 2013

and life goes on

Desde que eu sou gente, que me lembro de mim e do resto... que há sempre problemas horríveis.
Nasci em 1946, não me lembro, mas tinha acabado a guerra quente e começado a gerrra fria. Lembro-me vividamente da crise do Suez e da Guerra da Coreia... e daía em diante, de tudo.
Havia sempre duas maneiras de encarar a realidade. Preocupar-me, angustiar-me, sofrer-me... Outra era viver a vida na circunstância dela. O Sol volta sempre a nascer, depois duma onda vem sempre uma outra onda.
É melhor assim.
Life goes on.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

economicamente inviável

Toda esta saga das sucessivas declarações de inconstitucionalidade, pelo Tribunal Constitucional, das providências políticas adotadas pelo Governo de acordo com o programa de recuperação financeira imposto pelos credores internacionais, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia é francamente preocupante.
Há, pelo menos, duas interpretações da Constituição, uma do Governo e outra do Tribunal Constitucional. A primeira é consentânea com o programa de recuperação financeira, a segunda não é.
Se admitirmos que a primeira, a do Governo, é a que está correta, o Tribunal Constitucional estará a funcionar como um força de bloqueio e de oposição; se for a segunda que está certa, será então inviável a recuperação económica e financeira de Portugal.
Em qualquer dos casos, é inevitável concluir que o regime está no fim porque, tal como decorre da interpretação e da jurisprudência do Tribunal Constitucional, é incompatível com os anseios de prosperidade e de bem estar económico e social da grande maioria dos portugueses.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

de Espanha, nem bom vento nem bom casamento

Nos tempos e Salazar e Franco, havia um entendimento tácito entre Portugal e Espanha, segundo o qual Portugal não se envolvia na questão das nacionalidades espanholas e Espanha não entrava em comportamentos hostis a Portugal. Foi nessa linha de entendimento que Espanha apoiou sempre a política ultramarina portuguesa e Portugal a centralização castelhana.
Depois do Salazarismo e do Franquismo, Portugal e Espanha mantiveram, por hábito, por inércia ou mesmo por inteligência, a política de não hostilização mútua e até de apoio recíproco.
Agora, o Governo de Madrid quebrou esta prática saudável e resolveu formular unilateralmente nas Nações Unidas a pretensão à zona atlântica das Selvagens. Depois de décadas de paz, a Espanha regressou a práticas antigas de cobiça e predação dos interesses portugueses.
Se em Portugal houvesse política externa, dever-se-ia olhar atentamente para a questão das autonomias ibéricas e sustentar o princípio da auto-determinação, também nas Nações Unidas, em relação a Gibraltar, à Catalunha, ao País Basco e à Galiza.
Talvez assim Madrid compreendesse as realidades da vida. Durante séculos, Portugal aprendeu que a Espanha só respeita o que é forçada a respeitar.