sábado, 26 de abril de 2014

o multiplicador de Keynes

No segundo ano do meu curso de Direito, em 1966/67, na cadeira de Economia Política II - Moeda, o Prof. Paulo Pitta e Cunha ensinou-me, a propósito do multiplicador de Keynes, que, num país como Portugal, com pouca capacidade industrial instalada, um mercado diminuto e elevada propensão para o consumo, uma política de investimento ao modo keynesiano envolvia muito sérios riscos de disparo das importações com desequilíbrio estrutural da balança de pagamentos, seguida de estagflação.

Que pena que eu tenho de que o Prof. Paulo Pitta e Cunha não tenha ensinado a generalidade dos economistas portugueses.

terça-feira, 8 de abril de 2014

candidatos tácitos


A última moda, na política portuguesa, consiste em os candidatos a isto ou aquilo – principalmente a Presidentes da República – dizerem que não são candidatos, enquanto vão fazendo tudo para promoverem a sua candidatura, sempre lançada pelos seu amigos e admiradores, e para queimarem as candidaturas dos outros, obviamente também nunca assumidas não obstante serem também lançadas pelos amigos deles. Depois, se houver condições, sacrificam-se patrioticamente a deixarem-se eleger. «A bem da Nação»...
São os candidatos tácitos. As suas candidaturas resultam com toda a probabilidade dos factos políticos que vão criando.