No segundo ano do meu curso de Direito, em 1966/67, na cadeira de Economia Política II - Moeda, o Prof. Paulo Pitta e Cunha ensinou-me, a propósito do multiplicador de Keynes, que, num país como Portugal, com pouca capacidade industrial instalada, um mercado diminuto e elevada propensão para o consumo, uma política de investimento ao modo keynesiano envolvia muito sérios riscos de disparo das importações com desequilíbrio estrutural da balança de pagamentos, seguida de estagflação.
Que pena que eu tenho de que o Prof. Paulo Pitta e Cunha não tenha ensinado a generalidade dos economistas portugueses.
O Tratado de Lisboa começa a dar frutos
Há 14 anos
Meio século é muito tempo... eram tempos em que se aprendia, os professores eram PROFESSORES realmente e deixavam marca.
ResponderEliminarDepois vieram os outros e aí temos uma praga de economistas e afins, cada um com as suas teorias, experimentalistas a maior parte deles, debitando de cartilha, sem um olhar sério sobre a realidade.
Onde estavam nas décadas de 80 e 90 quando a fartura era tanta que o dinheiro parecia queimar as mãos dos portugueses?
Gastava-se tanto que até doía ver. Era preciso ser-se atrasado mental para não se ter a certeza de que a factura chegaria um dia... E veio. Há muito que não há Prof. Pitta e Cunha que lhes valha - a todos aqueles que embarcaram na aventura do crédito fácil e na febre do consumo.
Só cada um de nós... com muita sensatez e sem esperar milagres. Este é o parecer duma ignorante de economia e não só.
M.
Não é nada ignorante, não senhora. Foi a escola marxista de Pereira de Moura que, no Quelhas, desensinou os economistas portugueses... que entretanto ainda nem todos aprenderam
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