Quem vê os telejornais fica com a ideia de um pobre povo palestiniano a ser massacrado por um agressor implacável, sem sensibilidade, sem dó nem piedade. A comunidade internacional aprova deliberações no Conselho de Segurança da ONU a "apelar" a um cessar fogo imediato, para evitar uma crise humanitária.
Mas a verdade não é essa. Quem atacou, quem atirou a primeira pedra, nesta crise foi o Hamas palestiniano. E continua a lançar mísseis contra a população civil israelita, indiscriminadamente. Não os dispara contra o exército israelita, mas sim contra os civis. Mistura-se com os civis palestinianos que usa como escudos humanos. Cada criança palestiniana ferida ou morta é um triunfo político para o Hamas.
Quem é que viola as leis da guerra? Israel tenta - ao menos tenta - não atingir populações civis; o Hamas que visa deliberadamente os atingir os civis. Israel é um Estado Soberano que cumpre a sua obrigação de defender a sua população civil contra os mísseis do Hamas, e que tem - em Direito Internacional - o direito de auto-defesa, de se defender desses mísseis. O Hamas, por sua vez, não é um Estado Soberano, é um movimento terrorista, de cujos princípios consta a expressamente - e não o esconde - a destruição do Estado de Israel.
Esta trégua é necessária ao Hamas para se reabastecer, agora que a zona norte foi cortada da zona sul da Faixa de Gaza. Toda agente sabe isto, e é pura hipocrisia pedir a Israel que permita o reabastecimento do Hamas em armas e mísseis.
Israel saíu da península do Sinai, saíu do sul do Líbano, saíu da Faixa de Gaza, sempre com a garantia formal da comunidade internacional do seu direito à existência. Mas não adianta fazer concessões em troca do direito à existência, porque nada é respeitado pelos terroristas do Hamas. Não vão parar enquanto tiverem uma arma na mão. Toda a gente sabe isto.
Toda a gente sabe também que o Hamas é controlado pelo Irão, tal como o Hisbolah, e fará tudo para sabotar os planos de paz que forem acordados com os Estado Árabes moderados.
Toda a gente sabe - e sabe bem - que as hostilidades terão fim quando o Hamas parar de mandar mísseis contra as populações civis israelitas. Então deixará de haver civis mortos e feridos, deixará de haver crise humanitária.
Porquê, então, tanta hipocrisia?