5 Maio, 2011 – 08:09
No Verão de 1975 Vasco Gonçalves fez um discurso em Almada que não foi mais alucinado do que outros que proferira anteriormente. Mas de repente a televisão mostrava impiedosamente aquele homem esgargalado, quase descomposto, bramindo contra a reacção, os fascistas, os aliados dos fascistas, os cúmplices dos fascistas enquanto o país estav no caos. Muitos daqueles que tinham começado por apoiar o companheiro Vasco e que depois se tinham ido calando perante as sucessivas golpadas do PCP perceberam que não dava mais. Não quer isto dizer que não continuassem a simpatizar com aquele universo do progressismo mas perante a insanidade de tudo aquilo intuiram que assim não podia ser.
O discurso de José Sócrates desta semana é o seu discurso de Almada. Sócrates pode fazer bem campanha, recorrer aos truques do costume mas só entre avençados arranjará uma alma que consiga ver isto e não ter vergonha. Ou piedade.
O discurso de José Sócrates desta semana é o seu discurso de Almada. Sócrates pode fazer bem campanha, recorrer aos truques do costume mas só entre avençados arranjará uma alma que consiga ver isto e não ter vergonha. Ou piedade.
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