Agora que já foi substituído na presidência do FMI, Strauss-Kahn foi liberto e foi-lhe devolvida a caução prestada.
Afinal, a dita senhora recebeu quantias cuja origem não explica, está ligada a drogas e, parece, outras coisas. Terá também entrado em contradições e houve conversas telefónicas escutadas e gravadas que, em conjunto com o que antecede, levaram a própria acusação a descrer da sua versão.
Posto isto, fica a dúvida sobre quem terá construído esta manipulação. Há dois candidatos: os serviços secretos americanos e os servições secretos franceses. Podem ter sido ambos em conjunto, mas podem também ter havido outros interessados em afastar um Strauss-Kahn e a sua política mais favorável aos devedores e menos aos credores (Bancos e Fundos), como tinha expresso numa conferência recente em Georgetown. Há muito espaço, agora, para a teoria da conspiração.
Ao apressar-se a apoiar a candidatura de Lagarde, os americanos deixaram Sarkozy sozinho como suspeito. A opinião pública francesa já tinha maioritariamente adoptado esta tese.
É agora Sarkozy que tem de se explicar. Já agora pode aproveitar para explicar se teve algum papel também no processo contra Villepin (cesteiro que faz um cesto faz um cento).
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