Há uns dias, apareceu na televisão o economista João Ferreira do Amaral a defender a saída de Portugal do Euro. Já o fez outras vezes.
Nonsense.
Se Portugal saísse do Euro, ficaria com a sua monumental dívida em Euros e a parca receita de exportação em Escudos. Haveria uma desvalorização do Escudo de sabe-se-lá quanto, 50%, 75%... com certeza mais, para dar competitividade às exportações e reduzir os salários reais. A inflação seguir-se-ia imediatamente. A espiral desvalorização-inflação levaria à miséria dos mais pobres, os velhos, os pensionistas. Para recuperar o salário real, os sindicatos decretariam greves umas atrás das outras.
Daqui resultaria uma ruptura social e todos chamariam por um homem providencial e um regime autoritário sem políticos nem partidos: a ditadura. se ganhasse a esquerda seria o estalinismo; se ganhasse a direita, seria o fascismo.
Em qualquer dos casos, o poder caberia a um homem só legitimado não democraticamente.
Ah... isso mesmo.
Uma ideia destas só poderia vir da cabeça dum miguelista.
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Há 14 anos
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