Chama-se anti-seleção uma prática perversa que se traduz em eleger a pior de todas as escolhas possíveis.
Assim tem acontecido notoriamente nalgumas organizações de representação de interesses corporativos como, por exemplo, a Ordem dos Advogados ou a Associação Portuguesa de Bancos ou a Associação Portuguesa de Seguradores. Nestes casos, havia gente muito mais representativa e com melhor qualidade para presidir àqueles organismos, mas foram escolhidas as soluções correspondentes ao menor denominador comum. Os interesses representados preferiram uma solução fraca.
Também na Comissão Europeia, Barroso é representativo duma prática de anti-seleção.
Em Portugal (e noutros sítios) a anti-seleção constitui a resposta incompetente ao receio de que o representante assuma efectivamente a representação dos interesses que lhe são confiados e tome iniciativas sem pedir licença, caso a caso, a quem o nomeou. São assim designados aqueles que devem e ficam a dever favores, que mais ninguem quer noutro lugar, que falharam e são assim emprateleirados, que têm espírito serviçal, que não têm espinha dorsal... e às vezes, mesmo, muito pior.
Portugal tem sofrido na carne e vai possivelmente continuar a sofrer as consequências nocivas da anti-seleção. Com os piores a serem sistematicamente escolhidos para a liderança de muitas instituições, não há país de funcione decentemente.
Commonsense dixit.
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