Commonsense nasceu em 1946. A Europa ainda fumegava. Havia dôr, sofrimento, luto, miséria, destruição por todo o lado. Foi preciso reconstruir as pessoas e as coisas. Isso só se fez à custa de muito perdão, de muita abdicação, de muita solidariedade. Vivia-se com pouco e não se exigia nada. Partilhava-se o que havia.
Que diferente é tudo agora. A classe média mais rica do mundo indigna-se porque se acha menos rica do que devia. Não dá uma uva, quer tudo.
Os mais ricos furibundam-se com o que têm de partilhar com os mais pobres. E, no entanto, quem dera a tanta gente no mundo ter a pobreza dos pobres da Europa.
O pior ainda foi terem abdicado da sua condição de pessoas livres e pensantes para se transformarem em consumidores insaciáveis. Consomem conteúdos nos jornais de fim-de-semana, no pronto-a-vestir das ideias feitas. E repetem acriticamente o que colheram nos enlatados mentais concordando uns com os outros. Não pensam com a cabeça, ruminam com os estômagos.
São infelizes... e é bem feito!
O Tratado de Lisboa começa a dar frutos
Há 14 anos
Esperava ler qualquer coisa sobre o Plano Marschall, também muito importante no ano em que nasceu o Commonsense...
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