Este caso da lista
VIP causou-me náusea.
Um Director-Geral - da Autoridade Tributaria – deu instruções aos serviços.
Uma delas permitia uma interpretação equívoca - de má é – que a tornaria reprovável.
Um funcionário, em vez de chamar a atenção da chefia – como devia –, foi delatar ao Sindicato.
O Sindicato foi delatar aos Jornais.
Os Jornais foram delatar à Oposição e à Opinião Pública.
A Oposição foi delatar ao Parlamento.
O Parlamento fez uma Comissão de Inquérito e julgou o Director-Geral.
O Governo lavou as mãos e demitiu o Director-Geral.
Lição:
O Director-Geral errou ao julgar – ingenuamente – que podia contar com uma relação de lealdade de parte dos seus funcionários.
Não podia.
Hoje, em Portugal, a relação de qualquer Director-Geral com os seus funcionários não é de lealdade funcional, é de inimizade, de desconfiança e de delação.
Pobre Pátria!