Os jornais diários sempre me causaram alguma angústia. Como noticiar todos os dias numa terra onde pouco ou nada acontece. Fechar o jornal, todas as noites, deve ser um sofrimento.
Hoje de manhã fui à internet ler jornais portugueses.
Já só leio um jornal em papel, o Economist, que assino e recebo todas as segundas feiras. Não concordo com tudo - e porque é que havia de concordar - mas tenho leitura para a semana inteira, sobre tudo o mundo, mais economia, mais ciência, mais literatura...
Leio ainda o Finantial Times, na net. É um jornal cujos leitores querem que diga a verdade, porque precisam da verdade para não fazerem maus investimentos. É puro e duro.
Depois vou ler o produto do pequeno mundo dos jornalistas portugueses. Quase só publicam opinião. Mesmo quando publicam sobre factos, não relatam, opinam. Dão aquela opinião estafada a la bloco de esquerda que constitui a atmosfera que respiram. Quando bebem o seu whisky à noite ou o seu café de manhã, eles estão seguros, têm a certeza de ser aquela a sua missão na vida: pregar aquele sermão aos peixes. Os peixes são os seus leitores, silenciosos e fiéis. Ao lerem o sermão, confirmam aquilo que já pensavam.
Há um consenso perfeito entre as opiniões do pequeno mundo dos jornalistas e as opiniões do pequeno mundo dos seus leitores.
O Tratado de Lisboa começa a dar frutos
Há 14 anos
No pequeno mundo dos jornalistas, os verdadeiros contam-se pelos dedos...
ResponderEliminarE não há notícias, "notícias" mesmo, mas sim um desfiar de tudo quanto é desgraça. E se não há nenhuma, desenterram memórias das antigas.
Não há pachorra!!!
Ps. puzzles com música, são o melhor remédio... para mim. :)
Hoje intitulam-se jornalistas, não só os jornalistas propriamente ditos, como os reporters, os redactores e outros indiferenciados assalariados do jornal.
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