sábado, 11 de junho de 2011

vida nova

 Está um dia lindo neste fim de semana comprido. Apetece-me ir para o mar, mas estou em casa a trabalhar numa arguição de doutoramento na minha Universidade. É trabalho sério, absorvente, cansativo.
 E dou por mim a pensar que é preciso trabalhar mais e melhor.
 Não vou comentar o resultado das eleições. Qualquer pessoa minimamente inteligente o antecipou.  Era evidente. O povo fez zapping e mudou de canal. E agora?
 Se alguma coisa há de bom na situação presente é o baixo nível geral de expectativas e a consciência da invitabilidade de sacrifícios. Toda a gente está preparada para aceitar, melhor ou pior, uma baixa de nível de vida e de consumo.
 Problema mesmo são as pessoas que já estão no limite (quando não o ultrapassaram mesmo) e não estão em condições objetivas de suportar o que aí vem. Há demasiadas famílias insolventes e há demasiadas empresas insolventes, hoje já e no futuro próximo.
 Vai haver angústia e desespero. Vai haver turbulência na sociedade.
 Há também toda uma geração que se habituou perigosamente à prosperidade e à facilidade, e que vai sofrer amargamente.
 Mas vai haver também a oportunidade de mudar de vida, pessal e colectivamente. Portugal vai mudar e vai mudar para melhor. Depois de um tempo de vacas magras virão as vacas gordas.
 Commonsense espera bem que Portugal não perca esta oportunidade para se modernizar, para deixar os paradigmas saloios que o têm guiado, e para se passar a assemelhar a algo de parecido com a   Holanda ou a Dinamarca.
 Se assim for, terá valido a pena.

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