sábado, 21 de março de 2015

delatantes


Este caso da lista VIP causou-me náusea.

Um Director-Geral - da Autoridade Tributaria – deu instruções aos serviços. 

Uma delas permitia uma interpretação equívoca - de má é – que a tornaria reprovável.

Um funcionário, em vez de chamar a atenção da chefia – como devia –, foi delatar ao Sindicato.

O Sindicato foi delatar aos Jornais.

Os Jornais foram delatar à Oposição e à Opinião Pública.

A Oposição foi delatar ao Parlamento.

O Parlamento fez uma Comissão de Inquérito e julgou o Director-Geral.

O Governo lavou as mãos e demitiu o Director-Geral.

Lição:

O Director-Geral errou ao julgar – ingenuamente – que podia contar com uma relação de lealdade de parte dos seus funcionários. 

Não podia.

Hoje, em Portugal, a relação de qualquer Director-Geral com os seus funcionários não é de lealdade funcional, é de inimizade, de desconfiança e de delação.

Pobre Pátria!

1 comentário:

  1. Que espectáculo tão triste e deprimente, esta sucessão de inquéritos! Um retrato a preto e branco da realidade desta gente que, supostamente, devia merecer o nosso respeito pelas funções que desempenham e que se revelam, salvo raríssimas excepções, uns "trastes"! ´
    E a vergonha?
    E, para a semana há mais...

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