sexta-feira, 31 de julho de 2009

o cúmulo da incompetência

A Assembleia da República, quase por unanimidade, aprovou uma lei relativa ao Estuto dos Açores que tinha 11 (onze) inconstitucionalidades.

Deveria ter sido dissolvida... por incompetência.

É esta gente que faz as leis em Portugal!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

o cúmulo do azar

Numa prática que é naturalmente perigosa, Massa sofre um acidente determinado por um perigo completamente atípico. O que lhe aconteceu não corresponde a nada do que seja o perigo próprio da condução em Fórmula 1.

Isto mostra a precariedade de tudo na vida. O mais inesperado e mais improvável pode acontecer ... e acontece mesmo.

Veja-se, no filme, o embate da mola que vem pelo ar e atinge em cheio o piloto no sobrolho:

terça-feira, 28 de julho de 2009

ordens são ordens

Apareceu num telejornal o Presidente do BES (RS) a dar ordens para que seja construído o TGV. Não se coibiu de ralhar com o PSD que, segundo ele, foi quem teve inicialmente a ideia.

A Pátria ficou a saber: a Banca quer o TGV e o RS já deu a ordem.
Todos os dependentes do RS, do BES e da Banca em geral ficaram a saber:
  • daqui em diante é proibido dizer mal do TGV
  • o PSD fica sem dinheiro se mantiver a oposição ao TGV e é improvável que MFL se aguente contra o patrão RS
  • o PS fica sem dinheiro se não mantiver o apoio ao TGV e é provável que se aguente com o apoio do patrão RS
  • os gestores profissionais, advogados do regime, quadros superiores, tecnocratas, gestores de conta e aspirantes a tudo isso fazem bem em levar a sério este aviso
  • com o RS não se brinca

O RS manda na Banca. A Banca manda no Dinheiro. O Dinheiro manda em quase tudo.

Manuela tem cuidado, não percas o teu reino por um combóio.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

blog-socretinos

Segundo o Blasfémias,

Está neste momento a decorrer um encontro entre José Sócrates e 20 bloggers, em Lisboa. A emissão em directo deveria estar disponível aqui (não está, pelo menos para já), mas alguns dos participantes vão dando conta das perguntas e das respostas.

Há gente para tudo.

sábado, 25 de julho de 2009

Tribute to Radio Caroline

entradas de leão com saídas de cordeiro

Entrou como um leão, a chamar mentiroso e coisas piores a Sócrates.
Tal, só por si, não admiraria ninguém. Toda a gente conhece Sócrates.
Mas depois desmentiu-se completamente, descredibilizando-se e cobrindo-se de ridículo.

terça-feira, 21 de julho de 2009

os deputados do PSD

Commonsense não vai votar no PS, nem no CDS, nem no BE, nem no PCP. Como fundador do PSD tem sempre votado ali.
Mas, agora, gostaria de saber como é que são, ou foram, ou vão ser formadas as listas de deputados. São de escolha directa, pessoal e incontrolada da MFL? São a expressão de 34% do Partido? O critério de escolha é interno, de agrado da estrutura partidária, ou externo, de representatividade em relação ao eleitorado?
Apesar de membro do Partido, com as quotas em dia, Comonsense ainda não não conseguiu saber.
Esta opacidade não augura nada de bom.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

mais promessas para não cumprir

Segundo Sócrates: "o dever do líder político é fazer propostas e apresentar programa".

Não tem razão nenhuma. O dever do político é cumprir as promessas que faz.

Não é violar todas as promessas que fez na campanha eleitoral anterior e fazer novas promessas que obviamente não vai cumprir.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Freeport again: os truques do costume

Lopes da Mota invocou suspeição do inspector que dirige o seu inquérito no processo disciplinar que lhe foi instaurado no Ministério Público. Pede o seu afastamento.

São os truques do costume para atrasar processo.

Este processo do Freeport parece um abutre. Voa em círculos à volta da vaca moribunda. E vai poisando em árvores cada vez mais próximas. Já lá estão todos menos o principal. Parece estar à espera que deixe o cargo de Primeiro Ministro.

A propósito: alguém se lembra do processo Casa Pia?

Ah estes socialistas com avental...
Parecem isentos de responsabilidade criminal...

(até rima!)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

a ignorância é atrevida

Depois de ter sido seriamente admoestado na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a incompetência da supervisão do Banco de Portugal no caso BPN, Constâncio veio a público tirar desforço com uma arrogância e um atrevimento que não podem deixar de ser aqui severamente estigmatizados.
Já não só pela inconsistência, incompetência, falta de eficiência, falta diligência, falta de zelo e falta de brio que revelou, mas agora pela impertinência e atrevimento com que se exprimiu.
Além de não compreender o conteúdo do seu dever funcional como Governador do Banco de Portugal, Constâncio mostrou agora não compreender a relação constitucional entre o Parlamento e as suas Comissões de Inquérito, por um lado, e o Banco Portugal e o seu Governador, pelo outro. Não compreendeu que é nomeado pelo Presidente e pelo Governo, ambos legitimados pelo voto democrático dos portugueses, e que o Parlamento e as suas Comissões de Inquérito agem em nome e com a legitimidade do voto popular democrático.
Constâncio actua de acordo com uma escala hierárqica errada: acha que no topo estão os Bancos e os banqueiros, em segundo lugar está o Banco de Portugal e o seu Governador e no degrau mais baixo de hierarquia, o Parlamento, os seu Deputados e as suas Comissões de Inquérito.
Constâncio não percebeu mas tem de perceber que é ao contrário: em primeiro lugar está o Parlamento, os Deputados eleitos e as Comissões Parlamentares de Inquérito, em segundo lugar o Governo, em terceiro o Banco de Portugal e o seu Governador e só em quarto lugar os Bancos e os seus banqueiros. Constâncio não compreende a diferença entre uma democracia e uma oligarquia e age como se o sistema político-constitucional português fosse uma oligarquia e não uma democracia.
Pior que um incompetente, Constâncio é um ignorante atrevido.
É inadmissível a arrogância e a falta de respeito com que se referiu ao Parlamento, aos Deputados e à Comissão Parlamentar de Inquérito.

domingo, 12 de julho de 2009

contentores revisited

MP prepara investigação ao contrato de exploração do Terminal de Alcântara

O terminal ainda vai terminar mal.

Já era de esperar. É mais uma golpaça da dupla Mota-Engil / PS - Mário Lino.

É simples de compreender.

A Liscont estava no fim da concessão e, por isso, já só tinha pouco valor de venda. Daí, toca de prorrogar o contrato de concessão, para que passe a poder ser vendida por um preço apetecível. Como a prorrogação sem concurso é ilegal, é fácil, faz-se por Decreto-Lei. Asim passa a ser legal. Mas não é, porque um Decreto-Lei para um caso só e como este é tão impugnável como um despacho. Além disso, já há jurisprudência do Tribunal Europeu a considerar ilegal este tipo de trapaça.

Mas, já agora, toca de arranjar um lote de obras fabuloso para a Mota-Engil, dona da Liscont. São obras por todo o lado, desde enterrar o comboio, até aumentar o cais, encolher a doca, refazer o nó ferroviário e rodoviário também. O Jorge Coelho (Mota-Engil) é mesmo assim: manda e manda mesmo no Governo. Pode faltar dinheiro para a saúde, a educação, a justiça e a defesa, para todas a funções de soberania, mas nunca falta para obras públicas faraónicas, para elefantes brancos. É típico de país subdesenvolvido-africano-corrupto.

Ainda por cima, o tão apregoado aumento de tráfego de contentores simplesmente não aconteceu. Em vez de aumentar, reduziu e muito. Era de prever. Qualquer pessoa séria - eu disse "séria" - sabia que a crise económica iria ter esse efeito.

Mas o melhor (ou o pior, conforme a perspectiva) é que o novo contrato inflaciona injustificadamente o nível de tráfego de referência e põe o Estado (quer dizer, nós) a pagar a diferença. Isto é intencional e concientemente danoso para o Estado com correspectiva vantagem para a Liscont e, com ela, para a Mota-Engil. A confirmar-se, esta prática constitui um crime público.

O Ministério Público, no Tribunal de Contas, percebeu bem e deixou-o bem claro. Agora cabe ao Ministério Público - DCIAP - abrir o competente inquérito, investigar e acusar. Tenha a Cândida coragem para tanto!

Commonsense já se tinha referido a este caso. Vital Moreira será capaz de achar que isto é uma «roubalheira»?

terça-feira, 7 de julho de 2009

mais um branqueamento

Afinal a montanha pariu um rato. O relatório da comissão parlamentar de inquérito sobre a nacionalização do BPN e a supervisão bancária simplesmente omite a referência à indesculpavel deficiência de supervisão por parte do Banco de Portugal.
O network funcionou e o branqueamento está alí.
Já não é só o Banco de Portugal a ser uma vergonha nacional, o Parlamento não lhe fica atrás.
Pode continuar tranquilo o Portugal do «faz de conta»: o Banco de Portugal faz de conta que supervisiona e o Parlamento faz de conta que inquire. Com isto, todos fazem de conta que não existiu o Freeport, o Portucale, a Casa Pia, a droga e toda esta gente pouco recomendável que nos governa.
Abrenúncio!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

música boa do meu tempo

um novo modelo de supervisão

A constituição de arguido de Dias Loureiro, a liberdade condicional dos principais personagens do BCP e os casos BPN e BPP tornam evidente que o actual modelo de supervisão financeira está esgotado e tem de ser substituído.
Em minha opinião deveria haver apenas uma entidade de supervisão, em vez das actuais três (Banco de Portugal, CMVM e ISP), e sob o controlo do BCE (Banco Central Europeu).
Os supervisores locais nunca poderiam pertencer ao país supervisionado e deveriam ser substituídos, por sorteio, todos os três anos.
Assim se evitaria o fenómeno conhecido por «captura do supervisor pelos supervisionados», tão visível no caso do Banco de Portugal em que se notou um evidente «temor reverencial» de Vitor Constâncio perante os banqueiros.
É claro que no novo modelo não poderia estar quem esteve no antigo.