Comemora-se hoje mais um 5 de Outubro, mais um aniversário da implantação da República.
Durante o Estado Novo, esta efeméride servia de pretexto para as manifestações possíveis da oposição (o reviralho, como lhe chamava a situação).
Hoje, salvo a ternura que lhe dedica a comunidade maçónica, quase ninguém lhe dá importância nenhuma.
A relativa irrelevância da data vem da relativa inutilidade e ineficácia do facto. Mudou o regime de monarquia para república, a família real exilou-se mas, salvo as ininteligentes manifestações de anticlericalismo e algumas violências carbonárias, o sistema político da República foi mais ou menos igual ao da monarquia: um regime parlamentar com governos fracos e caducos, instabilidade política e crise financeira endémica. A República acabou por morrer às mãos da sua própria inépcia e incipiência, e sob o cutelo final do Estado Novo.
O 5 de Outubro, hoje, é mais um feriado em que os lisboetas saem da cidade e ninguém (quase) se dá ao incómodo de concentrar na Praça do Município.
Podia bem servir para que os políticos, os partidos e os titulares dos cargos públicos meditassem sobre a perda de respeitabilidade e de credibilidade das instituições democráticas na generalidade da população, hoje.
O Tratado de Lisboa começa a dar frutos
Há 14 anos
Tem toda a razão: a República foi “implantada”, não foi semeada e colhida depois de madura.
ResponderEliminarFoi obra tanto de republicanos, como de monárquicos, todos políticos que lutavam pela supremacia dos seus partidos, sob a égide da Maçonaria. (Basta ver como este ano as “comemorações” da República tiveram o seu ponto mais alto no lançamento do livro “A Maçonaria e a Implantação da República” pela Fundação Mário Soares).
Quanto ao “regime” nada verdadeiramente mudou em Portugal, salvo no hiato do Estado Novo, em que os partidos foram proibidos.
Razão teve Filipe o Belo, que morreu assassinado, com toda a sua descendência, quando pretendeu (no século XIV) extinguir os Templários – origem dos actuais ideais maçónicos – que, de geração em geração foram continuando subrepticiamente a sua obra, tendo aproveitado a “bendita” Revolução Francesa (também obra sua) para ressurgirem à luz do dia.
O regime do avental que, para mal dos povos, se estende hoje a toda a Europa, no que agora se chama União Europeia, continua a sua obra que se pretende “globalizar” para se tornar Universal, cumprindo o seu objectivo primordial.
Basta atentar ao preâmbulo da Constituição Europeia (agora mascarada de “Tratado de Lisboa”) que pretende colocar a origem da Civilização Europeia, precisamente na Revolução Francesa, ignorando propositadamente as raízes Greco-Romanas e Judaico-Cristãs! Esse mesmo “Tratado de Lisboa” agora aprovado, não pelos povos europeus (com raras excepções), mas por Oligarquias constituídas por Partidos Políticos e seus Chefes.
A Democracia foi um regime inventado pela antiga Grécia, e continuado pela Roma da República. Daí a confusão entre República e Democracia. (Para o caso, as modernas Monarquias europeias não se distinguem das actuais “Repúblicas”, excepto no aspecto folclórico).
Ora uma República dominada por uma Sociedade Secreta não pode deixar de ser um contra-senso essencialmente antidemocrático.
Falta-nos um novo Filipe o Belo! Se não o assassinarem como ao outro...
Ou então que os povos de consciencializem e se levantem. O que não passa de uma questão de “commonsense” ...
Nem mais. Nem estão aí.
ResponderEliminarPadeirinha
O actual regime político em Portugal, embora seja formalmente democrático, substancialmente deve ser qualificado como uma oligarquia mediaticamente assistida. Portugal é hoje governado conjuntamente pela maçonaria e por grupos económicas, ambos representados pelos três partidos CDS, PSD e PS, pelos jornais, pelas televisões, pelas rádios e pelos jornalistas.
ResponderEliminarNa mouche. É certo que o assunto tem várias mouches ( e como não haveria de as ter?), mas em tão poucas palavras só se pode acertar numa - e nessa foi em cheio. E sobre esse assunto, apesar das várias mouches, quanto tiroteio que não acerta em nenhuma!
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