Será possível, ou mesmo aconselhável, manter este primeiro ministro a governar Portugal, quando são de prever dificuldades financeiras gravíssimas, políticas económicas e restrições orçamentais severíssimas, tremendas dificuldades para os portugueses e, quiçá, perturbações ou mesmo rupturas sociais com violência na rua?
Este primeiro ministro está envolvido em cada coisa e em tais coisas que está a perder aceleradamente a respeitabilidade.
Os dias maus que aí virão exigem um governo legitimado substancialmente (não chega a legitimidade constitucional-formal) dirigido por um primeiro ministro acima de qualquer suspeita, em quem os portugueses tenham plena confiança quanto à seriedade e competência.
Esse primeiro ministro não é este primeiro ministro.
Mas será possível, ou mesmo aconselhável, mudar de primeiro ministro nesta altura, como ou sem novas eleições? Não irá essa mudança agravar ainda mais o défice de confiança dos portugueses nas instituições e o pessimismo geral?
Não interessa repetir o juízo da culpa do PSD que teve a vitória eleitoral na mão e não soube ganhar, ou do eleitorado que votou ininteligentemente em quem já revelava as características que tem, nem numa imprensa arregimentada que sempre deu cobertura a tudo isto.
É preciso pensar bem, com cabeça fria.
Que será de fazer quando Sócrates for mesmo constituído arguido num dos vários processo pendentes em tribunais portugueses?
Que será de fazer quando Sócrates for mesmo condenado num tribunal inglês - há um processo em curso - por co-autoria ou cumplicidade em corrupção no caso Freeport? E se esse tribunal inglês emitir mandato de captura europeu - pode fazê-lo - contra Sócrates, primeiro ministro de Portugal?
Não se pode fechar os olhos nem olhar para o lado.
É preciso pensar.
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