terça-feira, 29 de março de 2011

a insolvência das famílias

 As famílias portuguesas estão cada vez mais insolventes. Todos dizem que é porque consomem imoderadamente. Mas não é apena por isso. É principlamente pelas taxas de juro escandalosamente usurárias permitidas pelo Banco de Portugal.
 Olhem bem para elas:
 Crédito pessoal:
 5,8% - finalidade educação, saúde, energias renováveis e locação financeira de equipamentos
 19,2% - outros créditos pessoais
 Crédito automóvel
 7,7% - leasing ou ALD novos
 9,1% - leasing ou ALD usados
 11,4% - com reserva de propriedade e outros, novos
 15% - com reserva de propriedade e outros, usados
 33,2% - cartões de crédito, linhas de crédito, contas correntes bancárias e facilidades a descoberto.

Esta última taxa de 33,2% apanha praticamente todas as famílias que estão em rupura financeira. è completamente desonhsta, imoral e sobretudo substancialmente usurária.

Commonsense pergunta-se quem foi que meteu a cunha, quem fez o tráfego de influências que permitiu esta imoralidade.

sábado, 26 de março de 2011

a mentira do IVA

Passos Coelho não propôs aumentar o IVA.
 O que disse foi que não lhe é possível, hoje, sem saber exactamente o que se passa de vardade com as contas públicas, prometer formalmente que não aumentará impostos. E acrescentou que se tiver mesmo de haver aumento de impostos prefere aumentar o IVA a prejudicar as pensões e as reformas. É completamente diferente.
 Veio imediatamente a máquina de propaganda do Governo a acusar Pásos Coelho de prometer o aumento do IVA, que o IVA é um imposto cego e o mais injusto dos impostos.
 Mentem com a "tranquilitas animi" a que foram habituados pelo seu líder. A mentira repetida e compulsiva, tem alguma eficiência, principlamente perante as pessoas menos atentas.
 Por isso, aqui chamo a atenção: é falso, Passos Coelho não disse que iria aumentar o IVA.
 Só me surpreende como ainda há alguém que acredite nas mentiras dos socialistas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

preso por ter cão... preso por não ter

O grande dilema das políticas de conteção e de austeridade que têm seguidas até agora é que dão semore mau resultado. Se não são suficientemente restritivas, o ratings degradam-se e os juros sobem porque «os mercados» duvidam da capacidade de Portugal pagar a dívida externa; se são suficientemente restritivas, os ratings degradam-se e os juros sobem porque «os mercados» duvidam da capacidade de Portugal ter competitividade suficiente para gerar os fundos necessários para pagar a dívida externa.
Como diz o velho ditado: «preso por ter cão... preso por não ter cão», ou ainda outra mais pitoresco: «sol em Dezembro, Natal em Dezembro... ou chuva em Novembro, Natal em Dezembro».

A verdade nenhuma destas receitas contribui para a cura do doente e ambas para o agravamento dos seus males. Também não sei se será o «bail out» europeu, de braço dado com FMI e BCE que resolverá qualquer coisa.

Uma coisa eu sei. Vamos regressar a outros tempos em que se vivia muito pior.

domingo, 20 de março de 2011

a liga árabe.

Desde o princípio que achei estranha a atitude da Liga Árabe de pedir e apoiar a resolução do Conselho de Segurança que permitiu a utlização dos «meios que forem necessários» para a interdição de espaço aéreo líbio, com o fim de poupar vidas humanas. Tada gente sabia, quando esta resolução foi votada - incluindo a Liga Árabe - que a sua formulação permitia os ataques ao solo, às defesa antiaéreas e aos blindados e forças terrestes da Líbia.
 Agora, a Liga Árabe mostra desconforto com os ataques ao solo e esboça um afastamento.
 Talvez tenha razão um comentador francês que acabei de ver na TF24 quando alvitrou que a Liga Árabe terá apoiado esta resolução convicta de que seria vetada pela Rússia e pel China, mas que na realidade apenas pretendia fazer boa figura, sem querer propriamente que a resolução entrasse em vigor. Nunca se saberá, mas é uma hipótese de trabalho interessante.

sábado, 19 de março de 2011

higienização

Já começou a operação de limpeza do Kadafi e do seu regime. A Líbia está a sofrer e vai sofrer, como sempre acontece nestas ocasiões, mas vai ficar bem melhor. Foi pena que tivesse demorado um dia a mais, permitindo que as tropas de Kadafia tenham chegado a entrar em Bengazi. Acho mesmo que a operação só não demorou mais tempo porque a França tomou a inciativa antes mesmo de estar concluída a última reunião.
Triste e pobre foi a posição de Portugal. Foi duma tibieza embaraçosa.

domingo, 13 de março de 2011

revolta

É imoral a frieza com que se faz cair sobre os mais pobres, os reformados e a classe média o fundamental do custo da crise. Aqueles que a causaram (mesmo que não os únicos), os banqueiros, os empresários e as oligarquias do regime, o bloco central dos interesses, saem quase incólumes. Isto só pode causar revolta.

sábado, 12 de março de 2011

europacto, eurobonds e solidariedade económica europeia

  O Conselho Europeu permitiu que os fundos de intervenção europeus intervenham no mercado primário a comprar emissões de dívida soberana aos preços do FMI, isto é, a 5%, o que irá permitir livrar-nos dos 'loan sharks' que nos espoliam a quase 8%.
 Temos o Europacto a começar a funcional. Ainda bem.

 O mecanismo de atque ao Euro era simples: a agências de rating (aquelas que deram AAA ao Lehman na véspera da falência), contratadas e pagas pelos fundos e bancos, baixam, por encomenda, o rating daqueles que sabem que terão de ir ao mercado vender dívida sem capacidade de negociação do preço. E fazem isto para induzir a subida das taxas, o que asim conseguem. Depois aproveitam, fazem lucros monumentais com os quais remuneram devidamente as agências de rating, e ficam com o resto. É um negócio da China.
 Só pode ser contrariado por dois factores:
 - Os países (entre eles Portugal) não se deixarem chegar a uma situação calamitosa das finanças públicas que os obrigue a ter de aceitar qualquer preço e os deixe à mercê dos 'loan sharks'. Para isso, temos muito a fazer, para gerar superavits que permitam deixar esta situação de dependência (insolvência). Principalmente, reduzir o custo do Estado e punir os banqueiros que criaram endividamento excessivo dos seus bancos perante o estrangeiro (insolvência culposa).
 - Haver um fundo suficientemente robusto financeiramente que permita à UE intervir no mercado para livrar os Estados Membros falidos da aguiotagem dos fundos e dos bancos. Isso é conseguido com a utilização dos novos fundos comunitários. Estes fundos comunitários são alimentados com emissões de Eurobonds, devidos pela UE no seu conjunto.
 É a solidariedade europeia a funcionar. 
 http://www.consilium.europa.eu/uedocs/cms_data/docs/pressdata/en/ec/119808.pdf

quarta-feira, 9 de março de 2011

um discurso que já tardava

Tirado integralmente do «basfémias»:

As mensagens mais relevantes do discurso, algo que não me lembro de alguma vez ter ouvido com tanta clareza a um responsável político (bolds meus):
(…) Por outro lado, é essencial valorizar o papel das empresas e do empreendedorismo, da mesma forma que se celebra, por exemplo, o sucesso dos nossos atletas na obtenção de títulos internacionais.
É importante reconhecer as empresas e o valor por elas criado, em vez de as perseguir com uma retórica ameaçadora ou com políticas que desincentivam a iniciativa e o risco. No actual contexto, são elas que podem criar novos empregos e dar esperança a uma geração com formação ampla e diversificada e que não consegue entrar no mercado de trabalho. São as empresas que podem dinamizar as exportações e contribuir para a contenção do endividamento externo. Não podemos assistir de braços cruzados à saída de empresas do nosso País. Pelo contrário, temos que pensar seriamente no que é que podemos fazer para atrair mais empresas.
O essencial do investimento rentável e virado para os sectores transaccionáveis vem das empresas privadas. Precisamos de valorizar, em particular, quem tem vontade e coragem de inovar e de investir sem precisar dos apoios do Estado. (…)
(…) A nossa sociedade não pode continuar adormecida perante os desafios que o futuro lhe coloca. É necessário que um sobressalto cívico faça despertar os Portugueses para a necessidade de uma sociedade civil forte, dinâmica e, sobretudo, mais autónoma perante os poderes públicos.
O País terá muito a ganhar se os Portugueses, associados das mais diversas formas, participarem mais activamente na vida colectiva, afirmando os seus direitos e deveres de cidadania e fazendo chegar a sua voz aos decisores políticos. Este novo civismo da exigência deve construir-se, acima de tudo, como um civismo de independência face ao Estado.
Em vários sectores da vida nacional, com destaque para o mundo das empresas, emergiram nos últimos anos sinais de uma cultura altamente nociva, assente na criação de laços pouco transparentes de dependência com os poderes públicos, fruto, em parte, das formas de influência e de domínio que o crescimento desmesurado do peso do Estado propicia. (…)
(…) É altura dos Portugueses despertarem da letargia em que têm vivido e perceberem claramente que só uma grande mobilização da sociedade civil permitirá garantir um rumo de futuro para a legítima ambição de nos aproximarmos do nível de desenvolvimento dos países mais avançados da União Europeia. (…)
 Estou 100% de acordo. Confesso que me enganei no último post. E ainda bem.

terça-feira, 8 de março de 2011

posse

Amanhã vou à cerimónia de posse do Presidente da República.
Não sei o que ele vai dizer e não tenho sequer curiosidade em saber. Vai fazer um discurso de circunstância que vai servir para alimentar as jornalices do costume. Penso que será irrelevante.
Os portugueses vão ter de mudar de vida e também eu.
Mas é tão difícil mudar de vida e renunciar...

segunda-feira, 7 de março de 2011

à rasca... a cena de vitimização

 Já há muito que estava à espera duma coisa assim. Perto de um terço dos inscritos na Faculdade (não lhes chamo alunos e muito menos estudantes, porque não são) não estudam absolutamente nada, não vão às aulas e não se interessam por aprender o que quer que seja. Naturalmente vão andando de chumbo em chumbo... e isto quando se apresentam a provas. No mais, são úteis para o financiamento da Faculdade cuja verba é determinada pelo número de inscritos. Por ironia, chamamos-lhes os 'mecenas'.
 São meninos mimados, estragados pelos pais que acabam sempre por lhes fazer a vontade depois de terem aturado um cena de vitimização.
 Agora que já não adianta fazerem cenas de vitimização em frente dos pais, vêem fazê-las para o meio da rua... a ver se o País lhes faz a vontade.

a guerra da gasolina e do gasóleo

Os preços fixados pelas gasolineiras para a venda ao público da gasolina e do gasóleo são completamente injustificados. Perante o clamor geral que suscitaram, as gasolineiras aumentaram-nos outra vez.
É um comportamente arrogante, prepotente, próprio e quem se sente com pleno domínio do mercado, para não dizer também das entidades a quem compete regulá-lo.
A passividade da Autoridade para a Concorrência e da DECO fazem-me duvidar da adequação das suas denominações: autoridade ou fraqueza? defesa do consumidor? Que vergonha, como pode isto acontecer?
 Malhas que o lobying tece...
 A atitude das gasolineiras corresponde ao desencadear duma guerra declarada ao consumidor: ele que se defenda, que a petroleiras são ricas, influentes e poderosas.
Mas como haverão os consumidores de se defender? A minha proposta é a seguinte:
Boicotar os postos da GALP. A GALP é a maior responsável porque tem a maior fatia o mercado; portanto a sua escolha é eticamente acertada. Por outro lado, é na GALP que está concentrado o fundamental da capacidade de armazenamento e a totalidade da refinação. Uma quebra acentuada nas suas vendas criar-lhe-á uma situação muito delicada de excesso de stocks, da qual só se pode defender baixando os preços para escoar rapidamente o produto refinado; portanto a escolha é tecnicamente acertada.
Eu já comecei. BOICOTE À GALP.

domingo, 6 de março de 2011

why God never received tenure at any university


  1. He had only one major publication.
  2. It was in Hebrew.
  3. It had no references.
  4. It wasn’t published in a reference journal.
  5. Some even doubt he wrote it himself
  6. It may be true that he created the world, but what has he done since then?
  7. His cooperative efforts have been quite limited.
  8. The scientific community has had a hard time replicating his results.
  9. He never applied to the Ethics Board for permission to use human subjects.
  10. When one experiment went awry he tried to cover it up by drowning the subjects.
  11. When subjects didn’t behave as predicted, he deleted them from the sample.
  12. He rarely came to class, just told the students to read the Book.
  13. Some say he had his son teach the class.
  14. He expelled his first two students for learning.
  15. Although there were only ten requirements, most students failed his tests.

sexta-feira, 4 de março de 2011

o PSD tem que começar a estar preparado

O PSD não quer derrubar o Governo. Já o demonstrou bem em várias ocasiões em que teve a oportunidade de o deixar cair, ou de o fazer cair, e assumir a governação. É uma atitude responsável. Nesta época de crise financeira, o que menos convém a Portugal é mesmo um crise política.
Todavia, o Governo está a entrar em deliquescência, com um primeiro ministro que inventa uma verdade para cada coisa, para cada dia e para cada intrelocutor e o pior de tudo é que acaba por acreditar em todas elas ao mesmo tempo.
Não é difícil adivinhar que o Governo vai acabar por cair. Depois da posse do Presidente, não constitui segredo para ninguém que a UE vai obrigar o Governo Português e pedir a intervenção do Fundo Europeu de Estabilização e que vai tê-la juntamente com o FMI. Aí dificilmente Sócrates se aguentará no poder por muito tempo.
O PSD tem, por isso, que estar preparado. Embora não esteja a puxar por ele, o poder vai-lhe cair no colo mais cedo ou mais tarde. E quando isso acontecer vai ter de estar preparado...

quarta-feira, 2 de março de 2011

e os banqueiros também...

A culpa da bancarrota portuguesa não é só do governo, é também dos bancos, que andaram a conceder crédito em quantidade excessiva e a quem não podia pagar. E concederam-no também aos amigos.
Basta ver quanto é que a CGD emprestou ao Berardo e que nunca mais vai recuperar. E ao Fino, e à T. Duarte. E fizeram-no com fundos que foram obter emprestados no estrangeiro e que, agora, não conseguem pagar.
Devia ser feita uma sindicância global ao comportamento dos banqueiros e às suas consequências na bancarrota portuguesa. E, já agora, também aos ganhos patromoniais que obtiveram durante esse tempo.
Não foram só os políticos e os governantes... foram os banqueiros também.