O Conselho Europeu permitiu que os fundos de intervenção europeus intervenham no mercado primário a comprar emissões de dívida soberana aos preços do FMI, isto é, a 5%, o que irá permitir livrar-nos dos 'loan sharks' que nos espoliam a quase 8%.
Temos o Europacto a começar a funcional. Ainda bem.
O mecanismo de atque ao Euro era simples: a agências de rating (aquelas que deram AAA ao Lehman na véspera da falência), contratadas e pagas pelos fundos e bancos, baixam, por encomenda, o rating daqueles que sabem que terão de ir ao mercado vender dívida sem capacidade de negociação do preço. E fazem isto para induzir a subida das taxas, o que asim conseguem. Depois aproveitam, fazem lucros monumentais com os quais remuneram devidamente as agências de rating, e ficam com o resto. É um negócio da China.
Só pode ser contrariado por dois factores:
- Os países (entre eles Portugal) não se deixarem chegar a uma situação calamitosa das finanças públicas que os obrigue a ter de aceitar qualquer preço e os deixe à mercê dos 'loan sharks'. Para isso, temos muito a fazer, para gerar superavits que permitam deixar esta situação de dependência (insolvência). Principalmente, reduzir o custo do Estado e punir os banqueiros que criaram endividamento excessivo dos seus bancos perante o estrangeiro (insolvência culposa).
- Haver um fundo suficientemente robusto financeiramente que permita à UE intervir no mercado para livrar os Estados Membros falidos da aguiotagem dos fundos e dos bancos. Isso é conseguido com a utilização dos novos fundos comunitários. Estes fundos comunitários são alimentados com emissões de Eurobonds, devidos pela UE no seu conjunto.
É a solidariedade europeia a funcionar.
http://www.consilium.europa.eu/uedocs/cms_data/docs/pressdata/en/ec/119808.pdf
O Tratado de Lisboa começa a dar frutos
Há 14 anos
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