Não me surpreendeu a condenação do Isaltino. A sua defesa era demasiadamente inverosímil para ser convincente, isto é, eficiente. E não acredito que a condenação seja revertida em recurso.
É claro que as sentenças criminais limitam-se àquele específico caso e não têm função pedagógica. E, por isso, não suportam, em princípio, quaisquer ilações.
Mas levam-me a pensar que seria bom criminalizar o enriquecimento ilícito (o que a última assembleia supreendentemente recusou). Assim se conseguiria tratar dos escandalosos «milagres económicos» com que alguns políticos ficaram inexplicavelmente e inexlicadamente milionários. A pena, para este crime, mais do que privativa de liberdade, deveria ter como efeito a perda a favor da Comunidade (Estado, Misericórdias ou organizações de beneficência) de todo o património cuja obtenção lícita o condenado não conseguisse demonstrar.
Assim, sim, se moralizaria a vida pública e se daria aos Cidadãos fundamento para voltarem a acreditar na seriedade das Instituições e para abandonarem aquele cepticismo persistente que está a dissolver a República.
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O Tratado de Lisboa começa a dar frutos
Há 14 anos
O cepticismo persistente que está a dissolver a República está bem presente nas espantosas palavras do condenado (julgo que condenado é o termo jurídico correcto, não estou a pretender justicialismos): "De um lado está a política, do outro está a justiça".
ResponderEliminarDá para perceber por que é que esta 3ª República vai como vai, pelas ruas da amargura. Naturalmente a caminho da dissolução, como v. diz.
Pois, ele achava que, estando «na política», estava isento de responsabilidade criminal.
ResponderEliminarEstamos muito de acordo Clara.
Obrigado pelo comentário.
Clara,
ResponderEliminarEsta 3ª República, vai pelo mesmo caminho da 1ª. Que por sua vez foi pelo mesmo caminho (em pior) da Monarquia Constitucional.
Lá dizia o outro: "é a porca da política".