Do Público, hoje:
Carlos Guerra, antigo presidente do Instituto de Conservação da Natureza e sexto arguido no caso Freeport, quer o afastamento dos procuradores que trabalham no dossier por suspeitar da sua independência e imparcialidade.
Esta é mais uma tentativa de afastar do processo do Freeport os dois procuradores que continuam a resistir às pressões da PGR e do DCIAP para que encerrem o processo sem acusar Sócrates e, pior ainda, sem chegar a ouvi-lo como arguido.
É uma inversão de tudo o que existe num processo penal sério: transformar os procuradores em suspeitos e os arguido em vítimas, os corruptos em coitadinhos e quem persegue a corrupção em os maus da fita. É a continuação da tentativa de pressão de Lopes da Mota. É a luta entre a Justiça e o Crime.
Esta gente é o máximo: será que já não há o direito de cobrar comissões nos actos de governo e de administração? de enriquecer na política e no Estado? então para que vale fazer carreira no partido? tirem daqui estes chatos destes procuradores que não sabem como as coisas são e deixem funcionar o mercado: quem pagar mais é quem leva a autorização, a licença, a adjudicação, o concurso. Querem acabar com o "sistema"?
Claro que querem acabar com o "sistema" e fazem muito bem.
Pelo modo como isto está a evoluir, poder-se-á chegar ao extremo em que os cidadãos comuns terão de se constituir assistentes no processo - têm direito de o fazer - e requerer formalmente a inquirição de Sócrates ou, em desespero de causa, participar criminalmente ao PGR a tentativa do crime de encobrimento.
Não esqueçamos como foi encoberto o caso de Camarate.
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Há 14 anos
Quem diz a verdade é morto.
ResponderEliminarPadeirinha