Vestida ao modo ocidental, podia ser parisiense, exprimia o desespero: roubaram-lhe o voto.
E vai continuar até ser presa, agredida, talvez morta...
Ou talvez consiga ganhar, com sangue, suor e lágrimas... o direito a votar, a dizer o que quer do seu país, o que quer para o seu país.
Commonsense levanta-se em respeito por estes iranianos que gritam porque lhes roubaram os votos.
Que longe os milhões de portugueses que se abstiveram de votar.
Cada abstenção de cada português abstencionista é uma ofensa a cada iraniano a quem roubaram o voto.
Não é só aos iranianos que roubaram os votos.
ResponderEliminarA nós, portugueses, também o fizeram:
Roubaram-nos o voto, quando nos impediram de votar, por exemplo, para:
- A integração europeia;
- O Tratado de Maastricht;
- A adesão ao Euro;
- O famigerado Tratado de Lisboa.
Só querem o nosso voto, quando “lhes” convém.
Negar-“lhes” esse voto de conveniência, também é uma forma de votar!
Se ofender um iraniano é mau. Ofender um português não é melhor.
Quem é que se levanta em repeito aos portugueses a quem roubaram o direito de votar? “a dizer o que quer do seu país, o que quer para o seu país” ?
A integração europeia, o Tratado de Maastricht, a adesão ao Euro e o Tratado de Lisboa (e todos os outros que instituíram a União Europeia) foram - todos - legitimados pelo meu voto democrático e pelo dos portugueses que se assumem com a dignidade de cidadãos.
ResponderEliminarNada existe na União Europeia que não seja democraticamente legitimado pelos representantes eleitos dos Povos da Europa.
Ainda nesta última eleição para o Parlamento Europeu, os Partidos e Candidatos com opção claramente europeia foram os mais votados.
Acusar a União Europeia e os seus actos de antidemocráticos ou é incompreensão ou é má-fé.
Poder-se-á dizer que uma maioria de consumidores se absteve nesta última eleição. Mas esses prescindiram da sua cidadania.
Os actuais governantes do Irão gostariam de os ter lá.
Esta mania dos referedos é uma infantilidade política. na própria Alemanha os referendos são inconstitucionais porque os alemães ainda não se esqueceram de que foi por referendo que o Hitler tomou o poder.
ResponderEliminarAliás, em Portugal, a Constituição não foi referendada, nem a descolonização, nem a República.
Não se pode sustentar que só a democracia directa é democrática!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminaragora sem gralhas:
ResponderEliminarVamos lá a ver como é que este drama acaba.
Espero bem que os ayatolahs percam finalmente o poder, mas receio bem que isso não venha a acontecer.
O meu respeito vai para aqueles que lutam na rua pelo direito a votar.
Eu também fiz isso na rua em 1975 e sei que Fanicos também.
Commonsense:
ResponderEliminar1. Em coisas tão importantes como a Independência, Nacionalidade e a Soberania dos Povos, o voto representativo, pode ser legítimo(?)mas não é democrático.
Que o diga o Salazar quando o PR passou a ser eleito pela Assembleia Nacional, depois do susto que ele apanhou com o Delgado.
Penso que agora o susto é igual.
2. Enquanto houver ayatollahs, com voto ou sem voto, nunca haverá democracia. Ayatollahs moderados, o que é isso?
Espero que um dia os iranianos se lembrem que não são árabes: são persas.
dolfinblond:
ResponderEliminar"Aliás, em Portugal, a Constituição não foi referendada, nem a descolonização, nem a República."
Porque tudo isso foi resultado de revoluções. E as revoluções nunca são democráticas.
Pensei que o PREC já tinha acabado!
(só agora reparei nisto)
ResponderEliminar"Mas esses prescindiram da sua cidadania"
O QUÊ ???
Eu sou cidadã portuguesa! Se-lo-ei até morrer.
A Europa é uma realidade geográfica: não é um Estado nem uma Nação. Por isso não tem cidadãos.
Os que se consideram "cidadãos europeus", não passam na realidade de párias.
Desculpe lá mas a verdade tem de ser dita.
Eu pensei que este post tinha a ver com a crise eleitoral do Irão. O que é que tem isto a ver com a Europa e a cidadania europeia.
ResponderEliminarÉ muito grave o que se está a passar no Irão. Na Europa há democracia e já não há monarquias teocráticas, com excepção apenas do Estado do Vaticano.
golfina:
ResponderEliminarNa Europa nunca houve "monarquias teocráticas". A teocracia faz parte do pensamento oriental. Muito especialmente de islamismo, na sua versão mais radical o xiísmo.
Mas não é isso que os iranianos querem mudar. Eles querem apenas trocar um Ayatollah por outro. Assim nunca terão democracia.