segunda-feira, 15 de junho de 2009

where is my vote ? !

Where is my vote?! gritava uma manifestante no Irão.

Vestida ao modo ocidental, podia ser parisiense, exprimia o desespero: roubaram-lhe o voto.
E vai continuar até ser presa, agredida, talvez morta...
Ou talvez consiga ganhar, com sangue, suor e lágrimas... o direito a votar, a dizer o que quer do seu país, o que quer para o seu país.

Commonsense levanta-se em respeito por estes iranianos que gritam porque lhes roubaram os votos.

Que longe os milhões de portugueses que se abstiveram de votar.

Cada abstenção de cada português abstencionista é uma ofensa a cada iraniano a quem roubaram o voto.

10 comentários:

  1. Não é só aos iranianos que roubaram os votos.

    A nós, portugueses, também o fizeram:

    Roubaram-nos o voto, quando nos impediram de votar, por exemplo, para:

    - A integração europeia;
    - O Tratado de Maastricht;
    - A adesão ao Euro;
    - O famigerado Tratado de Lisboa.

    Só querem o nosso voto, quando “lhes” convém.
    Negar-“lhes” esse voto de conveniência, também é uma forma de votar!

    Se ofender um iraniano é mau. Ofender um português não é melhor.

    Quem é que se levanta em repeito aos portugueses a quem roubaram o direito de votar? “a dizer o que quer do seu país, o que quer para o seu país” ?

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  2. A integração europeia, o Tratado de Maastricht, a adesão ao Euro e o Tratado de Lisboa (e todos os outros que instituíram a União Europeia) foram - todos - legitimados pelo meu voto democrático e pelo dos portugueses que se assumem com a dignidade de cidadãos.
    Nada existe na União Europeia que não seja democraticamente legitimado pelos representantes eleitos dos Povos da Europa.
    Ainda nesta última eleição para o Parlamento Europeu, os Partidos e Candidatos com opção claramente europeia foram os mais votados.
    Acusar a União Europeia e os seus actos de antidemocráticos ou é incompreensão ou é má-fé.
    Poder-se-á dizer que uma maioria de consumidores se absteve nesta última eleição. Mas esses prescindiram da sua cidadania.
    Os actuais governantes do Irão gostariam de os ter lá.

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  3. Esta mania dos referedos é uma infantilidade política. na própria Alemanha os referendos são inconstitucionais porque os alemães ainda não se esqueceram de que foi por referendo que o Hitler tomou o poder.
    Aliás, em Portugal, a Constituição não foi referendada, nem a descolonização, nem a República.
    Não se pode sustentar que só a democracia directa é democrática!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. agora sem gralhas:
    Vamos lá a ver como é que este drama acaba.
    Espero bem que os ayatolahs percam finalmente o poder, mas receio bem que isso não venha a acontecer.
    O meu respeito vai para aqueles que lutam na rua pelo direito a votar.
    Eu também fiz isso na rua em 1975 e sei que Fanicos também.

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  6. Commonsense:

    1. Em coisas tão importantes como a Independência, Nacionalidade e a Soberania dos Povos, o voto representativo, pode ser legítimo(?)mas não é democrático.
    Que o diga o Salazar quando o PR passou a ser eleito pela Assembleia Nacional, depois do susto que ele apanhou com o Delgado.
    Penso que agora o susto é igual.

    2. Enquanto houver ayatollahs, com voto ou sem voto, nunca haverá democracia. Ayatollahs moderados, o que é isso?
    Espero que um dia os iranianos se lembrem que não são árabes: são persas.

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  7. dolfinblond:

    "Aliás, em Portugal, a Constituição não foi referendada, nem a descolonização, nem a República."

    Porque tudo isso foi resultado de revoluções. E as revoluções nunca são democráticas.
    Pensei que o PREC já tinha acabado!

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  8. (só agora reparei nisto)
    "Mas esses prescindiram da sua cidadania"

    O QUÊ ???

    Eu sou cidadã portuguesa! Se-lo-ei até morrer.
    A Europa é uma realidade geográfica: não é um Estado nem uma Nação. Por isso não tem cidadãos.
    Os que se consideram "cidadãos europeus", não passam na realidade de párias.
    Desculpe lá mas a verdade tem de ser dita.

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  9. Eu pensei que este post tinha a ver com a crise eleitoral do Irão. O que é que tem isto a ver com a Europa e a cidadania europeia.
    É muito grave o que se está a passar no Irão. Na Europa há democracia e já não há monarquias teocráticas, com excepção apenas do Estado do Vaticano.

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  10. golfina:

    Na Europa nunca houve "monarquias teocráticas". A teocracia faz parte do pensamento oriental. Muito especialmente de islamismo, na sua versão mais radical o xiísmo.
    Mas não é isso que os iranianos querem mudar. Eles querem apenas trocar um Ayatollah por outro. Assim nunca terão democracia.

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